A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2013 confirmou um aspecto que vem sendo observado ao longo dos últimos anos no Rio Grande do Sul: cai o número de pessoas com atividade agrícola. Em 2003, o levantamento mostrou 1,465 milhão de pessoas de 10 anos ou mais com essa ocupação, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, o índice foi de 867 mil (170 mil a menos do que em 2012).
Presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva elenca motivos históricos para essa redução: maquinário que substitui trabalhador, desinteresse dos jovens em suceder os pais e falta de infraestrutura na zona rural - de estradas a acesso à internet.
- Vejo com preocupação o futuro de produtos como a maçã. No fumo, já há uma falta grande de mão de obra - explica. - A agricultura familiar está sem sucessão - acrescenta, detalhando que o jovem que vai estudar em médias e grandes cidades, muitas vezes, não retorna para o meio rural.
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Junto à atividade no campo, a indústria (de 1,004 milhão em 2003 para 949 mil em 2013) e a indústria de transformação (de 958 mil para 909 mil) tiveram redução no Estado. São três itens que puxaram para baixo o total de pessoas ocupadas na semana de referência: de 5,52 milhões para 5,334 milhões. Construção; comércio e reparação; alojamento e alimentação; transporte, armazenagem e comunicação; administração pública; educação, saúde e serviços sociais; serviços domésticos; serviços coletivos, sociais e pessoais cresceram.
No Brasil, a atividade agrícola também caiu na última década, enquanto todas as outras atividades cresceram - de 2012 para 2013, indústria, indústria de transformação e alojamento e alimentação tiveram pequena queda, conforme o IBGE.
*Zero Hora