Como hoje é o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, a Associação dos Portadores de Esclerose Múltipla de Santa Maria e Região (Apemsmar) organizou um evento de conscientização sobre a doença na Praça Saldanha Marinho. O nome é Estou te Confundindo para te Esclarecer. Haverá distribuição de brindes e água quente para chimarrão. Próximo das 16h, começam os shows protagonizados pelos artistas Patrick Cortez, Janu Ubert, Paola Matos, e Diogo Matos.
Desde a manhã, equipamentos de simulação dos sintomas da doença estão dispostos na praça. Um caminho vai ser desenhado no chão do local e quem não é paciente da esclerose será desafiado a trilhar o circuito de sintomas como se fosse um. O objetivo é fazer com que quem não tem a doença tome conhecimento de como é e quais as dificuldades enfrentadas. Além disso, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, enfermeiros e farmacêuticos integram a ação.
Santa Maria é a cidade brasileira com mais pessoas diagnosticadas com esclerose múltipla. Ela registra uma média de 27 diagnósticos da doença a cada 100 mil habitantes, enquanto a média nacional varia entre 15 e 18 casos por semana.
O tratamento conquistado
Conforme a Apemsmar, o Rio Grande do Sul é o Estado com maior número de ingressos na Justiça com ações judiciais que pedem o medicamento Fingolimode, utilizado para o tratamento da esclerose. Ele é um fármaco de ponta, introduzido por via oral, diferente dos demais disponíveis pela rede pública de saúde, que exigem injeções doloridas.
Por não estar liberado pela Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa), só poderia ser conseguido por ação judicial. A conquista veio em julho deste ano, quando o Ministério da Saúde liberou a distribuição do medicamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A doença
Doença de causas não comprovadas e sem cura definitiva, atinge o sistema nervoso central, gerando limitações em diferentes partes do corpo. Ela costuma chegar de forma súbita e é de difícil diagnóstico, pois os sintomas podem ser confundidos com os de outras patologias neurológicas, como estresse e doenças psíquicas. A faixa etária mais atingida é entre 14 e 40 anos.
A Apemsmar orienta e dá assistência aos pacientes com equipe multidisciplinar formada por voluntários.
