Dos quase 400 imigrantes ganeses que chegaram a Caxias do Sul, na Serra gaúcha, desde o início do mês de julho, 43 ainda estão abrigados no seminário Nossa Senhora Aparecida. Ao longo do mês, a média de imigrantes abrigados no seminário sempre ficou em 100.
Desde a última quarta-feira (30), o número vem diminuindo à medida em que os imigrantes estão sendo encaminhados a postos de trabalho. Eles foram para empresas de São Sebastião do Caí, Nova Araçá e Marau.
Conforme o reitor do seminário, padre Edmundo Marcon, empresas continuam procurando o seminário e o Sine para oferecer trabalho aos ganeses. No último dia 21, uma comitiva de três ministérios veio a Caxias do Sul para analisar a vinda em massa de imigrantes ganeses para o Brasil. Além de Caxias do Sul, eles se concentram em Criciúma, Santa Catarina.
O município catarinense foi o destino inicial de boa parte dos ganeses que vieram ao Brasil. O tempo maior de espera na Polícia Federal da cidade catarinense fez com que um grande número viesse à Serra Gaúcha para obter os protocolos de solicitação de refúgio junto à Polícia Federal. Com o protocolo, eles podem fazer os documentos, como CPF e carteira de trabalho.
O ganeses chegaram ao Brasil legalmente com vistos válidos para a Copa do Mundo. Na última quinta-feira (30), a juíza Federal Lenise Gregol extingiu, sem resolução de mérito, a ação do Ministério Público Federal contra a União e a prefeitura de Caxias. A ação exigia a garantia de auxílio aos imigrantes ganeses. Na decisão da juíza, ela afirma que não foi possível deferir os pedidos formulados por se tratarem de demandas genéricas. Da decisão cabe recurso.
Além de Caxias, a vinda de imigrantes para a região também é discutida em Bento Gonçalves. Na manhã deste sábado (02) ocorre uma audiência pública na Justiça Federal de Bento. No município há imigrantes senegaleses e haitianos.