A chuva parou em Iraí, no norte gaúcho, neste domingo (29), quando se completariam sete dias de precipitação. O nível do Rio Uruguai baixou sete metros e possibilitou que casas e ruas ressurgissem em áreas antes alagadas.
A reação foi imediata. Famílias voltaram das casas de amigos e parentes para observar os prejuízos, tentar recuperar o que não estava estragado e começar a limpar a sujeira dos móveis, paredes e até dos tetos, que estavam tomados pela lama.
Alguns demonstram preocupação quanto à previsão do tempo, que indica chuva para esta semana, a partir da quarta-feira. A expectativa das autoridades é otimista. Elas acreditam que o volume de chuva que está por vir é insuficiente para causar novos estragos. Mesmo assim, o coordenador da Defesa Civil do município pede cautela e afirma que, por segurança, as famílias devem aguardar antes do retorno.
- A gente está pedindo para as pessoas que saíram de casa para não voltarem até que tenhamos uma definição exata. Temos falado com as pessoas para não voltarem para que os problemas não voltem a acontecer.
Enquanto não há certeza sobre o fim da cheia, que alcançou o recorde da cidade registrado em 1983, com o nível do Rio Uruguai 18 metros acima do normal, agentes de saúde percorrem as áreas afetadas para concluir o levantamento das casas atingidas. Até agora são quase 500 residências.
Uma equipe do Exército vinda de Ijuí auxilia dezenas de voluntários na organização dos donativos em um clube e uma igreja da cidade. Os militares também trouxeram caminhões para resgate e para abastecimento de água, que já está restabelecida em quase todas as áreas após interrupção total. O fornecimento de energia elétrica também está sendo retomado nas áreas que não são mais ameaçadas pela água.
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