Os Correios estimam entregar cerca de um milhão de cartas e encomendas neste fim de semana, do total de 1,5 milhão de atrasadas. O acumulado equivale a um dia de entregas, aproximadamente. O volume a ser recuperado no final de semana não é garantido e vai depender de quantos trabalhadores vão participar do esforço neste sábado e domingo, já que a adesão é voluntária. Esta semana deve ser a última de paralisação, já que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) vai julgar a legalidade da greve dos funcionários na quarta-feira.
Em geral, após decisões da justiça, as greves dos trabalhadores dos correios terminam. O coordenador de operações dos Correios no Estado, Roque Lorenzini, explica que a situação do atraso de entregas vai ser avaliada durante a semana, e outros mutirões podem ser necessários para normalizar tudo.
"Só vai parar, na realidade, quando a gente estiver com a carga em dia, quando a população começar a receber a correspondência no prazo determinado", explia
Os correios afirmam que a adesão à greve é de 10%, enquanto as entidades sindicais calculam em 60%. Funcionários dos Correios estão em greve há mais de um mês, reclamando de mudanças no plano de saúde. Nesta sexta-feira, o TST decidiu a favor da empresa em uma ação movida por sindicatos desde 2013, que contestava o direito da empresa de alterar o plano de saúde dos funcionários sem consulta aos trabalhadores. Para o tribunal, uma mudança administrativa como a que foi feita é, sim, prerrogativa do empregador. A reportagem não conseguiu contato com o sindicato dos trabalhadores dos correios neste sábado.