Após uma hora e meia de conversa com líderes do movimento grevista, a desembargadora Ana Luiza Kruse decidiu tentar realizar uma nova reunião de conciliação entre empresas de ônibus e rodoviários ainda na tarde desta terça-feira (3). O objetivo é retomar as negociações após assembleia dos rodoviarios rejeitar o acordo construído em reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na tarde de ontem.
No encontro ocorrido mais cedo a desembargadora ouviu dos líderes sindicais os motivos da greve que já dura 9 dias e buscou compreender formas de encaminhar um acordo que ponha fim ao impasse. Em frente ao tribunal, 30 rodoviários fazem vigília aguardando o desfecho das negociações.
A greve dos rodoviários
A paralisação da categoria teve início no dia 27 de janeiro, com a manutenção de 30% da frota em circulação. No segundo dia de greve, os rodoviários decidiram pela paralisação total das atividades após a Justiça determinar que pelo menos 70% da frota circulasse nos horários de pico. Na quinta-feira, algumas empresas voltaram a colocar ônibus nas ruas, mas na sexta os sindicalistas descumpriram novo acordo com a Justiça e houve greve geral.
A prefeitura entrou com ação judicial pedindo apoio da Brigada Militar para garantir a saída dos ônibus das garagens e chegou a cogitar a utilização da Força Nacional de Segurança para resolver o impasse. No fim da tarde de sexta-feira, os rodoviários decidiram manter a paralisação geral. Em resposta, o prefeito José Fortunati anunciou o uso de vans escolares no transporte de passageiros na Capital. Uma nova proposta foi acordada entre empresários e rodoviários na segunda-feira, mas o acordo foi rejeitado pela assembleia da categoria.