O superintendente da Metroplan, Oscar Escher, falou ao Gaúcha Repórter, sobre a utilização de ônibus metropolitanos no transporte de passageiros em Porto Alegre. Segundo ele, caso chegue este pedido à Metroplan, a proposta de autorizar o embarque e desembarque de passageiros fora dos pontos usuais será levada a um conselho.
Este conselho, segundo Escher é formado por representantes de usuários, rodoviários e empresários. Apesar do calendário regular de reuniões, um chamado emergencial será feito tão logo a prefeitura solicite esta demanda à Metroplan.
Escher afirmou que a Metroplan é favorável à facilitar o transporte da população. "Isso nos sensibiliza, e seremos um defensor junto ao conselho, da necessidade de nós podermos exercer este serviço às pessoas", disse o superintendente que defendeu uma maior integração nos sistemas de transporte da Região Metropolitana.
A greve dos rodoviários
A paralisação da categoria teve início no dia 27 de janeiro, com a manutenção de 30% da frota em circulação. No segundo dia de greve, os rodoviários decidiram pela paralisação total das atividades após a Justiça determinar que pelo menos 70% da frota circulasse nos horários de pico. Na quinta-feira, algumas empresas voltaram a colocar ônibus nas ruas, mas na sexta os sindicalistas descumpriram novo acordo com a Justiça e houve greve geral.
A prefeitura entrou com ação judicial pedindo apoio da Brigada Militar para garantir a saída dos ônibus das garagens e chegou a cogitar a utilização da Força Nacional de Segurança para resolver o impasse. No fim da tarde de sexta-feira, os rodoviários decidiram manter a paralisação geral. Em resposta, o prefeito José Fortunati anunciou o uso de vans escolares no transporte de passageiros na Capital. Uma nova proposta foi acordada entre empresários e rodoviários na segunda-feira, mas o acordo foi rejeitado pela assembleia da categoria.
Ouça entrevista com o superintendente da Metroplan, Oscar Escher