A Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) envia na tarde desta sexta-feira (21) à prefeitura um pedido para aumentar o valor da passagem em Porto Alegre. O acordão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) sobre o dissídio dos rodoviários já foi publicado. A novidade deste ano é que a ATP não vai sugerir nenhum percentual de reajuste, nem mencionar sugestão de valor. A ATP entende que o valor sugerido no ano passado mais de R$ 3 serviu "de combustível" para as manifestações.
“Tendo em vista que a informação de que o valor que desejávamos no ano passado serviu de combustível para acirrar as manifestações, decidimos que vamos pedir o reajuste sem encaminhar qualquer sugestão de valor”, afirma o gerente-executivo da ATP, Luiz Mario Magalhães Sá.
O ofício será encaminhado pela ATP e protocolado junto à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Neste documento, constam dados técnicos, inclusive os números referentes ao reajuste de 7,5% no salário dos rodoviários e benefícios como plano de saúde e vale-refeição. Após o pedido de reajuste, a EPTC pretende calcular em até 20 dias o novo valor da tarifa de Porto Alegre.
Depois da análise dos dados, o Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu) recebe os dados. Neste ano, os 20 integrantes do conselho terão sete dias para revisar a planilha tarifária e não apenas um, como nos últimos anos. A decisão final sobre o preço da passagem caberá ao prefeito da Capital, José Fortunati.