Após forte pressão de ciclo-ativistas, o líder da base do governo José Fortunati, na Câmara de Vereadores, retirou de votação, na tarde desta quinta feira (19), o projeto que faz alterações no plano cicloviário de Porto Alegre. Desta forma a proposta será analisada em 2014 após realização de audiência pública prevista para fevereiro. O projeto prevê a criação de um fundo para investimentos em ciclovias, através de recursos próprios da prefeitura e, também, oriundos de contrapartidas de grandes empreendimentos na cidade.
Mas o ponto mais polêmico da proposta é o que retira a obrigação de aplicar 20% dos valores arrecadados em multas pela EPTC, em obras cicloviárias. "A prefeitura tem hoje recursos suficientes para fazer mais de 100 km de ciclovias e por tanto não vemos necessidade dessa complementação ", justifica o líder do governo na Câmara, Airto Ferronatto (PSB).
No entanto, a alegação é contestada pelo vereador Marcelo Sgarbossa (PT). Para ele, a retirada da obrigatoriedade de investimentos de 20% é nociva à necessidade de ampliação da malha cicloviária. "Se temos todos estes recursos que a prefeitura alega, os 20% vêm para incrementar este montante, já que Porto Alegre tem apenas apenas 3% de ciclovias previstas no plano diretor", afirmou.
A sessão na câmara de Porto Alegre deve se arrastar até a noite desta quinta-feira, já que mais de 40 projetos estão em pauta na última sessão de 2013.