"O que significa ser escritor num país situado na periferia do mundo, um lugar onde o termo capitalismo selvagem definitivamente não é uma metáfora? Para mim, escrever é compromisso. Não há como renunciar ao fato de habitar os limiares do século XXI, de escrever em português, de viver em um território chamado Brasil."
Assim começou o discurso de Luiz Ruffato na abertura da Feira de Frankfurt, nesta terça-feira. O texto foi divulgado pelo próprio escritor. (Leia aqui a íntegra)
Em sua página oficial do Facebook, onde o discurso foi postado, Ruffato explica: "Nós somos um país paradoxal. Somos a sétima economia do planeta e, no entanto, permanecemos em terceiro lugar entre os mais desiguais de todos... Infelizmente, apesar de todos os esforços, é imenso o peso do nosso legado de 500 anos de desmandos."
Na sequência, ele fala sobre o fato de o Brasil ser um país onde moradia, educação, saúde, cultura e lazer não são direitos de todos e sobre dificuldades básicas que o brasileiro enfrenta, como transporte público inadequado.
Setenta autores compõem a comitiva oficial de convidados para Frankurft, que foi elaborada pelo Ministério da Cultura. Desse total, 21 vêm de São Paulo, 12 do Rio de Janeiro e 12 de Minas Gerais. A programação da feira começa na quarta e segue até domingo.