Na manhã seguinte ao incêndio que destruiu parte do Mercado Público, prédio histórico do centro de Porto Alegre, o edifício localizado no Largo Glênio Peres amanheceu com proteção policial. Ao longo da noite, as portas foram guardadas por policiais militares.
Segundo o capitão Adriano Santos, do Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar, um efetivo de 30 homens isolou a área para evitar saques e proteger o local até a chegada da perícia. Não foram registrados incidentes na madrugada, disse o oficial.
Permissionários que trabalham no Mercado começaram a chegar ao local no início da manhã. Às 6h30min, o barbeiro Carlos Mirion, 47 anos, que tem uma barbearia no segundo andar do prédio vistoriou o local acompanhado do pai e sócio, Carlos Geneci, 72 anos. Mirion disse que acredita que o seu estabelecimento, que fica de frente para o Largo Glênio Peres, não foi afetado pelas chamas. Segundo ele, é o terceiro incêndio que a família, que está no negócio há quase 50 anos, enfrenta no Mercado.
Nesta manhã, os permissionários devem ter reunião com a prefeitura para tratar da recuperação dos negócios após o sinistro.
O incêndio que atingiu o Mercado Público de Porto Alegre na noite deste sábado começa a ser contabilizado. E, de acordo com o Corpo de Bombeiros, 30% do prédio histórico foi destruído.
Conforme o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Adriano Krukoski, pelo menos 50% das lojas localizadas no segundo pavimento, de frente para a Avenida Borges de Medeiros e para o terminal de ônibus, foram destruídas. Outra estimativa é de que 90% da parte superior tenha sido queimada.
Alguns números:
30% do Mercado Público destruído
90% da parte superior queimada
50% das lojas do segundo pavimento queimadas
60 bombeiros trabalharam no combate ao incêndio
15 viaturas da corporação foram deslocadas para o Centro
155 animais foram salvos, e nenhum morreu.