Todas as empresas que produzem laticínios devem entregar à Secretaria da Agricultura, a partir de hoje, um plano de adequação às normas sanitárias vigentes. As ações de fiscalização ficaram mais rigorosas quanto ao controle da qualidade dos produtos. O cuidado com o plano de coleta à granel será intensificado. Haverá rigor maior na identificação e rastreabilidade do leite. Quem transporta a matéria-prima deverá passar por cursos de qualificação.
- Temos que saber de onde vem todo o leite que vai para as empresas para que possamos rastreá-lo - afirma o secretário estadual da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi.
Até o dia 23 de julho, as providências da companhia devem estar em execução. Elas serão avaliadas de Inspeção de Produtos de Origem Animal, responsável pelo controle de qualidade dos produtos.
Os testes também ficaram mais rigorosos. No momento em que o transportador faz a coleta à granel, deve recolher amostras que serão analisadas posteriormente. Ainda, o leite não pode ser enviado para a linha de produção sem testes específicos.
- Na plataforma, realizamos o teste de indicativo de uréia. Além disso, há outros 21 testes obrigatórios. Se qualquer irregularidade for encontrada, esse leite será descartado - relata o secretário-executivo Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados do Estado (Sindilat-RS), Darlan Palharini.
Entenda o caso
No dia 22 de maio, o Ministério Público desencadeou a Operação Leite Compensado, que desarticulou um esquema de venda de leite adulterado. Transportadores incluíam água e uréia no produto para aumentar a quantidade. Em duas etapas, o MP chegou a prender 14 pessoas nas cidades de Ibirubá, Guaporé, Horizontina, Rondinha, Boa Vista do Buricá e Três de Maio. Pelo menos 20 pessoas já foram denunciadas à Justiça por suspeita de participação na fraude.
Gaúcha
Identificação de produtores e qualificação de transportadores integram ações para evitar fraudes no leite
Empresas enviam à Secretaria da Agricultura plano de ação para se adequarem às novas normas
Mateus Ferraz
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