Ao examinar os pedidos de prorrogação e de revogação de prisão temporária recebidos, a Justiça Federal confirmou, por volta das 16h desta sexta-feira, a decisão de soltar todos os presos na Operação Concutare.
A juíza federal Karine da Silva Cordeiro, da 1ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre, que está analisando o inquérito policial da Operação Concutare, assinou despacho no início da tarde informando que aguardaria manifestação do Ministério Público Federal (MPF) até as 16h, para depois examinar os pedidos, a fim de evitar que a questão seja submetida ao juiz plantonista.
A Polícia Federal havia pedido a prorrogação das prisões de 10 suspeitos de integrarem uma rede de corrupção que visava a liberação fraudulenta de licenças ambientais.
Entre os presos que serão soltos estão os dois ex-secretários estaduais de Meio Ambiente, Carlos Fernando Niedersberg e Berfran Rosado, e o ex-secretário municipal da área, Luis Fernando Záchia.
Também serão liberados o servidor de Fepam Mattos'Alem Roxo, o consultor ambiental Lúcio Gonçalves da Silva Júnior, o funcionário do Instituto Biosenso Giancarlo Tusi Pinto, o engenheiro Bruno José Muller, o servidor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) Alberto Antônio Muller, o assessor parlamentar Élvio Alberto dos Santos e o empresário Vanderlei Antônio Padov.
No início da tarde desta sexta-feira, três presos já haviam tido a ordem de soltura confirmada pela Justiça: os empresários Paulo Régis Mônego, Gilberto Pollnow e Marcos Aurélio Chedid.
Na quinta-feira, já haviam sido soltos o empresário Nei Renato Isoppo, o engenheiro Joel Machado Moreira e o empresário Celso Rehbein, sócio da indústria de bebidas Celina Ltda, de Santa Cruz do Sul.
Antes, outros dois suspeitos haviam sido liberados. Disraeli Donato Costa Beber, investigado por supostamente oferecer vantagem a servidor público para obter licenças ambientais, foi liberado na noite de terça-feira, depois de prestar esclarecimentos aos delegados.
Ainda na terça-feira, Ricardo Sarres Pessoa, servidor da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), foi libertado após prestar longo depoimento, em que teria dado aos federais detalhes de como se concretizava a fraude.
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