Diego Welinton de Moura Jardim, o bebê de um ano e três meses que sofreu queimaduras em 30% do corpo e demorou três dias para encontrar tratamento adequado, foi liberado na segunda-feira à noite. A criança estava internada na unidade de queimados do Hospital Cristo Redentor na Capital.
No final da tarde de segunda-feira, ele retornou com a mãe e a avó para a cidade natal, no sul do Estado, Santa Vitória do Palmar:
- Ficamos sabendo que ele seria liberado no começo da tarde. Foi uma alegria! Ele está bem, chegou louco de saudade da motoquinha e agora não para quieto - diverte-se a avó Eliane de Moura.
Segundo a chefe da unidade de queimados do Hospital Cristo Redentor, Maria da Graça Figueira Costa, o bebê saiu bem do hospital e não terá que ser internado novamente. Apenas precisará comparecer durante dois anos a consultas periódicas para avaliação de saúde. Ele está com um tipo de curativo especial que dispensa a troca diária e ajuda na cicatrização. A médica acredita que a princípio o bebê não ficará com marcas profundas na pele em função da queimadura.
Agora, a família está mais tranquila. Já tem revisão marcada para segunda-feira, "mas o pior já passou, agora é só cuidar", completa Eliane em tom de alívio.
Lembre do caso:
No sábado do dia 02 de março, a criança de um ano e três meses puxou uma caneca de café para si e acabou com queimaduras de 1º e 2º graus no rosto, nas costas e na barriga. A mãe, Aline de Moura Krack, 19 anos, levou o bebê ao Hospital Santa Casa de Santa Vitória do Palmar, que não possui UTI.
A família entrou na Justiça na madrugada e conseguiu que ele fosse transferido para o Hospital Universitário de Rio Grande, distante 240 quilômetros de sua cidade. Porém, também lá não há UTI específica para a então necessidade de bebê, uma pediátrica ou para queimados.
Apenas três dias depois da primeira entrada no hospital, ele conseguiu uma vaga na unidade de queimados do Hospital Cristo Redentor, também por meio de uma intervenção da Justiça.