O estudante gaúcho Marcus Vinicius Moraes, 27 anos, que teria sido agredido na Austrália e sofreu traumatismo craniano, não se lembra do dia do espancamento e tampouco de dias anteriores à agressão.
- Ele perdeu a memória recente. Está articulando palavras, mas ainda é difícil para ele se comunicar perfeitamente - explica o padrasto, Evandro Schüler.
Sua mulher e mãe do estudante, Andrea Maria Ritter, foi para o país no dia 7 acompanhar o filho no hospital. Segundo familiares, Moraes ainda não saiu da UTI, mas em breve deverá ser transferido para o quarto. A família acredita que o estudante continuará internado durante algum tempo, pois precisará passar por cirurgias.
- Mas o primeiro momento, de interromper hemorragia e inchamento, já foi superado - afirma Schüler.
O jovem teria sido agredido em frente a uma casa noturna no dia 2 de fevereiro, depois de uma confusão na festa. De acordo a polícia do Estado australiano de New South Wales, dois seguranças do pub tentaram retirar o rapaz da festa, por motivos ainda desconhecidos. De acordo com o que informaram à polícia, Marcus teria ficado indignado e agredido um deles no peito, que teria reagido empurrando e derrubando o estudante no chão. Na queda, de acordo com os seguranças, ele teria batido a cabeça no cordão da calçada.
Família afirma que não foi procurada pelo consulado brasileiro
A mãe do estudante, Andrea Maria Ritter, chegou na Austrália dia 7, mas até esta terça-feira ainda não havia sido procurada pelo consulado brasileiro no país, de acordo com Schüler. Por isso, ele ainda afirma que sua mulher planeja contatar pessoalmente o consulado na Austrália nos próximos dias.
Jovem estudava na Austrália
Marcus estava no país desde setembro de 2010. Em um primeiro momento, realizou cursos para aprimorar o inglês. Depois de concluídas as aulas, Andrea afirma que ele vinha fazendo um curso técnico em negócios.
O visto do estudante termina em outubro desse ano, mas ele pretendia ficar mais tempo. A mãe, no entanto, pretende que volte para casa assim que estiver recuperado.
- Não sei se isso será possível agora, mas a minha vontade é que ele retorne logo - ressalta.
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