Depois de se desligar do Grêmio, onde teve passagem com altos e baixos, Gabriel é o novo reforço do Inter. O lateral foi apresentado na tarde desta segunda-feira, no CT Parque Gigante, e falou à imprensa. Foi perguntado sobre a comemoração em que imitou a dança do goleiro Kidiaba, do Mazembe, para provocar seu novo clube em 2011. Respondeu afirmando que hoje comemoraria uma possível eliminação do Grêmio na Libertadores.
- Eu vesti a camisa do Grêmio por dois anos, como profissional que sou, entrei no espírito. Não vai ser diferente aqui no Inter. Agora, vestindo essa camisa vermelha, vou ficar até alegre se o Grêmio for desclassificado da Libertadores. O respeito é que tem que prevalecer, sem agressão. Meu foco hoje é no Inter - afirmou.
Gabriel ainda comentou sobre a raridade da transferência de jogadores entre os dois rivais de Porto Alegre:
- Realmente, não é comum, mas eu fui muito recebido no Inter, até por amigos colorados. Até gremistas me deram boa sorte. Estou muito motivado para essa nova etapa.
Após fazer grande temporada em 2010 sob o comando de Renato Portaluppi no Grêmio, Gabriel não teve grande sequência nos anos seguintes. O lateral afirma que a transferência ao Inter lhe traz motivação extra para voltar a ter um bom momento.
- Nada é mais importante que a satisfação pessoal de estar fazendo o que se gosta. Ficar fora dos jogos e ver os companheiros jogando, é triste. Isso é mais uma motivação para poder dar o máximo no Inter e mostrar o futebol. A família foi muito importante para permanecer em Porto Alegre. A minha filha iniciou o colégio agora. Toda a família me deu suporte e apoio - concluiu.
Confira outras frases de Gabriel em sua apresentação:
Treinador que não o utilizaram no Grêmio:
"Na verdade, por preferência. É absolutamente normal, cada treinador tem seu jeito de montar a equipe. Tanto com o Celso quanto com Luxemburgo, eles preferiram outros jogadores. Tenho certeza que aqui no Inter vai ser diferente. A motivação está renovada e estou com prazer e alegria. Isso tem que estar junto de todas as outras coisas.
Cobrança:
"A cobrança vai existir de qualquer maneira. Jogar em uma equipe grande significa ter cobrança. Sem dúvida, vai ter. Tenho que ter tranquilidade e estar preparado para isso".
Vaga na lateral e tempo para atuar:
"Partindo do princípio que hoje tem dois laterais, a gente espera suprir essa vaga que foi deixada e fazer o melhor possível para ajudar. Sobre o tempo, eu vinha treinando e acredito que não vai demorar muito para a estreia".
Indicação de Paulo Paixão:
Sem dúvida, o Paulo foi um grande amigo que eu fiz no futebol. Mesmo nos últimos meses não jogando, sem dúvida que não ia indicar algo que ele não confiasse. Quando nos falamos, ele perguntou qual seria a ideia de permanecer em Porto Alegre. Eu disse que ia resolver minha situação no Grêmio primeiro.
Relacionamento com Luxemburgo:
"O que aconteceu no Grêmio foi que logo após o Gauchão, o Luxemburgo me chamou e disse que tinha trazido o Tony e o Pará. Por isso, ia colocá-los para jogar. Ele foi correto em me dizer isso. Já eliminou qualquer tipo de esperança. Eu sei que eu podia trabalhar o máximo e não ia ter oportunidade. Essa era a verdade. Naquele momento, eu já poderia ter procurado alguma coisa, diferente do que aconteceu. Todo mundo que me encontrava perguntava: "vai voltar quando"?".
Dunga no comando:
"Trabalhar com o Dunga é um prazer. Nunca trabalhei com ele, mas escutei histórias de jogadores que trabalharam com ele na Seleção Brasileira. Hoje, apareceu a oportunidade e espero que dê muito certo".
Últimos trabalhos no Grêmio:
"Enquanto a gente treinou com o grupo que viajou a Quito, era o mesmo trabalho. Quando eles foram viajar, colocaram a gente para treinar separado. Era o treino que todos faziam, só que em horários diferentes. À tarde, a gente treinava por conta. Eu treinei até sexta-feira".
Imagem negativa:
"Essa imagem foi criada sem nada de verdade. Quem cria essa imagem, infelizmente, é a imprensa, que divulga uma nota sem ter certeza. Estou muito tranquilo em relação a isso, sei do profissional que sou. Inclusive no Grêmio, se você perguntar, ninguém vai falar mal de mim. Dentro de campo que a gente dá nossa resposta".