Tablets, videoaulas, mídias sociais, o Google para todas as perguntas. As novas tecnologias estão de fato mudando o mundo, e também a escola, o professor, os alunos e as estratégias de aprendizado.
O impacto dos vídeos da Khan Academy pelo planeta, assim como outras tantas iniciativas de formato semelhante, democratizam e ampliam o conhecimento a níveis cada vez mais surpreendentes (especialmente para quem é do tempo em que enciclopédia era feita só de papel e o professor, aquele que sabia tudo).
Não há dúvida de que essas ferramentas contemporâneas podem funcionar muito bem em sala de aula ou mesmo em casa, com o estudante sozinho diante do computador. Mas aprender é também um processo de troca que, seguidamente, exige esforço, concentração, tempo, leituras extensas. Novas tecnologias não podem ser pretexto para um tipo de cultura em que o prazer é obrigatório, colocando os professores diante do desafio de jamais desagradar o aluno. Aprender pode ser difícil e até entediante em alguns momentos.
A poção mágica capaz de enfeitiçar os alunos do século 21 é complexa e exige uma mistura que a tecnologia não resolve sozinha. Um professor maravilhoso consegue hipnotizar os estudantes em uma aula expositiva. E também pode tirar da bolsa um tablet para o período seguinte.