Dezoito animais marinhos foram devolvidos ao oceano nesta segunda-feira em Rio Grande, no sul do Estado. A ação proposta pelo Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (Cram), da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), contou com apoio da Marinha do Brasil, Patrulha Ambiental da Brigada Militar, Ibama e voluntários.
Tratados nos últimos meses no Centro, 11 pinguins, três tartarugas e quatro lobos-marinhos voltaram aos seus habitats. Eles foram completamente reabilitados, após sofrerem maus-tratos tanto pela poluição do mar quanto pela ação de redes de pesca.
Segundo o veterinário Rodolfo Pinho da Silva, as tartarugas e filhotes de lobos-marinhos sofrem com o lixo deixado no mar. Eles confundem os dejetos com a alimentação natural e acabam ficando doentes ou sendo levados à morte por ingerir materiais diversos, inclusive plásticos, que ficam alojados no estômago ou aparelho respiratório dos animais. Já os pinguins sofrem mais com a ação de redes de pesca e óleo.
- Cerca de 70% dos pinguins que chegam ao Cram estão com avarias causadas por óleo ou por cordas, de redes, nas nadadeiras - explicou.
O diretor do Cram e do Complexo de Museus da Furg, o oceanólogo Lauro Barcellos, pede a conscientização da população a respeito da importância do mar para a vida no planeta.
- Esta liberação de animais hoje representa mais do que devolvê-los ao ambiente marinho. A ação simboliza a necessidade que temos de cuidar do oceano. Sem o oceano, não há vida na Terra - comentou Barcelos.
A caminho de casa
Animais são devolvidos ao mar em Rio Grande
Pinguins, lobos-marinhos e tartarugas foram tratados no Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram)
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