A prefeitura de Canoas protocolou junto ao governo federal sua candidatura para receber recursos para a construção de três linhas de aeromóvel na cidade. Anteriormente, a ideia era erguer uma linha entre os bairros Guajuviras e Mathias Velho, os mais populosos da cidade (150 mil habitantes, juntos), mas um estudo de viabilidade econômica identificou haver demanda para outras duas.
O traçado original partiria da Avenida 17 de Abril, indo até a Estação Mathias Velho da Trensurb. Agora, há a possibilidade das duas novas linhas. Uma partiria do entroncamento das avenidas Farroupilha e Boqueirão, passando pela Avenida Inconfidência e a Rua Sete Povos, alcançando a Praça do Avião. A última linha ficaria entre a Estação Mathias Velho e o final da Rua Rio Grande do Sul.
- A grande vantagem do aeromóvel é nos cruzamentos. O trajeto Guajuviras-Mathias Velho seria feito em pouco mais de 20 minutos. De ônibus, leva 40 ou 50 minutos. E se entra na BR-116, aí fica parado no congestionamento - disse o secretário municipal de Transporte e Mobilidade, Luiz Carlos Bertotto.
O projeto, que custa R$ 718 milhões e perfaz 15 quilômetros, deverá ser apresentado ao governo federal até outubro. Dentro do PAC Mobilidade, Canoas concorrerá com outras 75 cidades de 250 mil a 700 mil habitantes por uma fatia do bolo de R$ 7,5 bilhões para as obras.
Como funciona o aeromóvel
- Desenvolvido pelo empresário gaúcho Oskar Coester, o aeromóvel opera em uma via elevada
- O funcionamento é comparado por Coester ao de um "barco a vela de cabeça para baixo": ventiladores industriais de alta potência jogam vento por um duto localizado dentro da via elevada, empurrando uma aleta fixada ao veículo por uma haste, o que movimenta as rodas sobre os trilhos
- As vantagens sobre outros meios de transporte, segundo Coester, é que o custo de manutenção é menor, pois carrega mais carga útil do que peso morto, como motor e combustível