A chuva, que atingiu de forma irregular o Rio Grande do Sul na última semana, conseguiu amenizar o impacto negativo da estiagem nas lavouras de grãos do leste, nordeste e norte gaúcho. A precipitação não chegou a beneficiar de forma significativa, porém, as produções da Campanha, Fronteira Oeste, do centro e sul do Estado, onde praticamente não choveu. A conclusão é da Emater/RS - Ascar.
Segundo relatório divulgado ontem, 49% das lavouras de soja se encontram em crescimento vegetativo e devem retomar o crescimento, dependendo da incidência de chuvas nos próximos dias e semanas. Já para a parcela de 43% das lavouras que se encontra em adiantado estágio de floração, e para os 8% em formação dos grãos, as preocupações são maiores pelo porte extremamente pequeno das plantas, principalmente em cultivares muito precoces, o que deve comprometer bastante a produtividade final.
No caso do feijão, as perdas já se apresentam severas em determinadas regiões e com tendência de aumento. Nas regiões mais prejudicadas até o momento - entre os vales do Taquari e do Rio Pardo, e nas regiões Central e Jacuí Alto - o potencial produtivo está reduzido a pouco mais de dez sacos por hectare. Por outro lado, o potencial ainda é alto e até supera previsões anteriores em outras áreas como os Campos de Cima da Serra e a região do Celeiro.
Nas lavouras de milho, a Emater indica que a cultura está "gravemente comprometida na maioria das regiões". O quadro é mais ameno em relação ao arroz, que apesar de alguns problemas pontuais relacionados à falta de água para uma irrigação adequada, evolui, na maioria dos casos, de forma satisfatória.
Agricultura
Levantamento aponta que chuva amenizou impacto da estiagem em lavouras do leste, nordeste e norte gaúcho
Apesar da melhoria do quadro de chuva, relatório da Emater indica perdas graves na produção de soja, milho e feijão
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