O jornalista e radialista gaúcho Flávio Alcaraz Gomes, 83 anos, morreu às 9h30min desta terça-feira em Porto Alegre. Ele estava em casa na companhia da esposa e dos filhos.
Há 10 dias, ele retornou do hospital Moinhos de Vento onde passou um mês internado para o tratamento de uma pneumonia. O corpo será velado a partir das 16h no Crematório Metropolitano. A cerimônia de cremação ocorrerá na quarta-feira às 11h.
Considerado um dos grandes nomes do jornalismo no Estado, Flávio Alcaraz Gomes foi diretor das rádios Guaíba e Gaúcha e correspondente internacional da empresa jornalística Caldas Jr. e autor de livros sobre as coberturas que fez ao longo da carreira.
Entre suas obras estão Diários de um Repórter, Eu Vi! Itinerários de um repórter, Morrer por Israel e Transamazônica - A redescoberta do Brasil. Atualmente, estava vinculado à TV Pampa, no programa Guerrilheiros da Notícia.
Nascido em 25 de maio de 1927 em Porto Alegre, Flávio iniciou sua carreira como repórter no jornal Folha da Tarde, de Porto Alegre. Após se formar em Direito pela UFRGS, em 1949, foi estudar na universidade de Sorbonne, em Paris.
De volta à Capital, trabalhou no Correio do Povo. Em 1957, passou a ser diretor comercial da recém-fundada Rádio Guaíba. Em 1958, cobriu a Copa do Mundo na Suécia. No evento esportivo de 1970, no México, coordenou as emissoras de rádio do Brasil.
Em 1967, viajou à Europa para cobrir a guerra do Vietnã. No entanto, ao chegar em Roma, descobriu que era iminente a explosão de uma guerra entre Israel e Egito, Jordânia e Síria e foi um dos poucos a estar na Guerra do Seis Dias.
Na década de 1970, cometeu um homicídio e foi condenado a 10 anos de prisão.
Confira a reportagem da Gaúcha sobre a morte de Alcaraz Gomes com a narração da Guerra dos Seis Dias:
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