Muito mudou na vida de Isaquias Queiroz depois do Mundial de canoagem de Halifax, em 2022. À época queria se tornar o maior medalhista olímpico brasileiro e queria que seu filho Sebastian fosse testemunha ocular de suas conquistas em Paris. O desafio aumentou. O número de filhos também. Ele inicia no início da manhã desta quarta-feira (7), às 6h40min, a disputa da canoagem na categoria C1 1000.
Quando fez a afirmação ao site Olympics.com, o baiano não imaginava que Rebeca Andrade colecionaria feitos em Paris. Ela chegou a seis medalhas e, agora, Isaquias tem a chance de, no máximo, igualar a marca em águas francesas — dificilmente ela disputará mais um ciclo.
— A Rebeca só me deu mais energia para buscar este recorde. Ela mostrou para mim e para todo o mundo que é possível quebrar recordes e ganhar várias medalhas.Então, agora é ter mais energia para poder estar neste nível porque eu também quero chegar lá — destacou à Rádio Gaúcha nesta terça-feira (6).
O brasileiro tem quatro medalhas conquistadas em duas participações nos Jogos. Ele conta com um ouro, duas pratas e um bronze. Se subir o pódio uma vez, alcança as marcas dos velejadores Torben Grael e Robert Scheidt.
As primeiras remadas rumo ao recorde foram dadas. Ao lado de Jacky Godman, se classificou para as semifinais na categoria C2 500. Eles disputam a semifinal às 6h20min, de quinta (8). Acompanhando sua prova estavam na arquibancada os filhos Sebastian e Luigi, que completou um ano de vida há poucos dias.
Sebastian foi batizado em homenagem ao alemão que é seu principal rival nas remadas pelo mundo. Isaquias disputará a segunda bateria do dia, enquanto Sebastian Brendel compete na quinta e última bateria. As quartas de final também serão na quarta. As semis serão na sexta (9), mesmo dia da final.
Nas águas de Vaires-sur-Marne, Isaquias dá as próximas remadas motivado pelas medalhas de Rebeca e pelos filhos na arquibancadas. Não é pouco.