O Brasil conquistou uma medalha de ouro, duas pratas e quatro bronzes nesta sexta-feira (14) e se igualou a China em número de pódios no Campeonato Mundial de atletismo paralímpico, que está sendo disputado em Paris. Até o momento, as duas delegações conquistaram 31 medalhas.
A medalha dourada do dia foi ganha pela paraense Fernanda Yara, que comemorou seu primeiro título mundial ao vencer a prova dos 400 metros da classe T47 (amputadas de braço), com o tempo de 57s30, deixando a chinesa Li Lu com a prata, com 58s13. Outra brasileira, Maria Clara Augusto levou o bronze com 58s49.
— Estou no Movimento Paralímpico desde 2008, mas tive muitas dificuldades no começo. Antes de me tornar velocista, era corredora de rua. Mudei de cidade. Mas, depois que comecei a treinar no Centro de Treinamento Paralímpico, tive acesso àquela estrutura que me faz melhorar a cada dia mais — disse Fernanda, 36 anos, que tinha como melhor resultado na carreira o bronze nos 200 m e nos 400 m no Parapan de Lima 2019.
Já a piauiense Antônia Keyla ganhou a medalha de prata na prova dos 1.500 m da classe T20 (deficiência intelectual). Ela completou com o tempo de 4min30s75 e cravou o novo recorde das Américas da disputa. A polonesa Barbara Bieganowska-Zajac ficou com o ouro, com 4min28s66, e a ucraniana Liudmyla Danylina foi bronze com 4min32s93.
A segunda medalha de prata do Brasil nesta sexta também veio de uma atleta que está pela primeira vez em um Mundial. A amapaense Wanna Brito cravou 6,80m no arremesso de peso da classe F32 (paralisados cerebrais) e garantiu o segundo lugar. Foi superada somente pela ucraniana Anastasiia Moskalenko, que arremesou em 7,50m. A australiana Rosemary Little ficou com o bronze, com 6,33m.
Os outros três bronzes brasileiros no dia vieram em provas de pista. O paranaense José Alexandre chegou em terceiro na prova dos 400 m T47 (amputados de braço), com o tempo de 49s00. O paulista Lucas Lima, chegou em sétimo lugar (49s43).
Nos 400m T37 (paralisados cerebrais), o maranhense Bartolomeu Silva fez a sua melhor marca da temporada com 53s04, e conquistou a medalha de bronze O ouro ficou com o ucraniano Yaroslav Okapinskyi (52s23), e a prata com o polonês Michal Kotkowsi (52s62).
O paraibano Ariosvaldo Fernandes foi o último brasileiro a conseguir um lugar do pódio ao ficar no terceiro lugar da final dos 100 metros da classe T53 (que competem em cadeiras de rodas). Ele fez o tempo de 14s91 e ficou atrás do saudita Adbulrahman Alqurashi, que levou a prata com 14s84, e do tailandês Pongsakom Paeyo, que garantiu o ouro com 14s51.
Também presente em uma final, a catarinense Suzana Nahirnei encerrou a decisão do arremesso de peso F46 (amputados de braço) na sexta colocação, com 10,37m. A medalhista de ouro foi a norte-americana Noelle Malkamaki, que fez 13,32m.
Na classificação geral, o Brasil é o segundo colocado com dez ouros, oito pratas e 13 bronzes. A China tem 13 ouros, 11 pratas e sete bronzes.