A ginasta Rebeca Andrade, de apenas 22 anos, já está na história como a primeira brasileira a ganhar duas medalhas em uma única edição dos Jogos Olímpicos. Mas o feito pode ser ainda maior. Nesta segunda-feira (2), ela tem a chance de subir ao pódio pela terceira vez na disputa do solo e se tornar a única atleta do país com três medalhas na mesma edição das Olimpíadas.
— Eu não sabia disso, não. Mas eu me sinto muito orgulhosa de mim, porque acho que consigo representar toda a força da mulher e é muito gratificante. As pessoas sabem como é difícil estar aqui — disse Rebeca após o ouro no salto, no domingo.
Na quinta-feira, ela já havia garantido a prata no individual geral. Agora, se conseguir terminar entre as três melhores no solo, a partir das 5h57min desta segunda, ela se iguala ao canoísta Isaquias Queiroz como únicos atletas do país com três medalhas na mesma edição das Olimpíadas. No Rio, em 2016, ele foi prata no C-1 1000m e no C-2 1000m (ao lado de Erlon de Souza), e bronze no C-1 200m.
Antes deles, nenhum brasileiro havia subido ao pódio três vezes na mesma edição dos Jogos. Os atiradores Guilherme Paraense e Afrânio Costa tinham duas medalhas cada, na Antuérpia, em 1920. Depois, Gustavo Borges levou uma prata e um bronze em Atlanta-1996. Outro nadador, Cesar Cielo, também subiu ao pódio duas vezes em Pequim-2008, com um ouro e um bronze.
O recordista de medalhas em uma única edição dos Jogos Olímpicos entre todas as nacionalidades é o nadador norte-americano Michael Phelps. Em Atenas-2004 e em Pequim-2008, ele conquistou oito medalhas — na China, foram todas de ouro. Antes dele, em Munique-1972, o nadador Mark Spitz subiu ao pódio sete vezes, todas elas na primeira posição.
Entre as mulheres, a nadadora australiana Emma McKeon também está fazendo história em Tóquio. Ela conquistou sete medalhas (quatro ouros e três bronzes) nesta edição das Olimpíadas e se igualou à ginasta Maria Gorokhovskaya, da União Soviética, que levou sete medalhas nos Jogos Olímpicos de Helsinque, em 1952.