A classificação suada da seleção brasileira de futebol masculino à final dos Jogos Olímpicos de Tóquio após vitória sobre o México nas penalidades nesta terça-feira (3) se deve ao goleiro Santos e, segundo os jogadores, ao sangue frio no momento de cobrar as penalidades em Kashima.
Richarlison e Bruno Guimarães enalteceram o goleiro, responsável por defender a primeira cobrança, e lembraram que o aproveitamento perfeito da equipe nas penalidades é fruto da frieza e também da boa preparação. A equipe treinou pênalti desde o início dos treinamentos no Japão.
— Desde o primeiro dia que a gente chegou aqui no Japão, o Jardine colocou a gente pra bater pênalti porque sabia que iríamos enfrentar esse tipo de situação. Não foi agora, foi desde o início — frisou Richarlison. A fala do atacante foi endossada por Bruno Guimarães:
— Foi o sangue frio nos pênaltis. Treinamos ontem (segunda) e desde o começo da preparação. Estávamos preparados para na hora certa ter sangue frio — disse o meio-campista do Lyon.
Richarlison passou em branco diante dos mexicanos, mas é o artilheiro das Olimpíadas, com cinco gols. Será a quinta final olímpica da seleção brasileira masculina, a terceira consecutiva. A seleção assegurou sua sétima medalha.
O caminho para a vitória nos pênaltis depois de um duelo truncado e sem gols no tempo normal e na prorrogação, com mais faltas do que lances de perigo, foi facilitado com a defesa de Santos na cobrança de Eduardo Aguirre, a primeira da série. A atuação do goleiro, que tem postura séria e costuma ser frio em campo, foi enaltecida pelos colegas e pelo técnico.
— O Santos é um fenômeno. Um goleiro extremamente frio. Não faz muitas defesas difíceis porque está sempre bem posicionado. Conheço toda a caminhada dele, conquistamos títulos juntos no Athletico-PR. É um cara que trabalhou muito e merece tudo isso — falou Bruno Guimarães.
O Brasil, agora, aguarda a decisão do confronto entre Espanha e Japão. O vencedor irá enfrentar os brasileiros no próximo sábado (7), às 8h30min, no Estádio de Yokohama.