A chegada de um tufão no Oceano Pacífico, prevista para os próximos dias, pode favorecer o surfista brasileiro Gabriel Medina. O fenômeno deve aumentar o tamanho das ondas da praia de Tsurigasaki, palco das provas de surfe nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Acostumado a surfar ondas grandes no circuito mundial, o paulista acredita que pode se beneficiar das condições meteorológicas adversas.
— Gosto (de ondas grandes). Fiquei sabendo dos tufões, e isso para mim é um bom sinal, porque dá ondas maiores e mais fortes. Essas são as condições em que eu gosto de competir — declarou Gabriel Medina a GZH, no aeroporto de Guarulhos, pouco antes de embarcar rumo a Tóquio.
Marcada por ondas pequenas, as praias japonesas em tese seriam um desafio para os brasileiros Gabriel Medina e Ítalo Ferreira, acostumados com as ondas grandes do Havaí e das outras etapas do circuito mundial. Contudo, a chegada do tufão pode aumentar as chances de uma dobradinha brasileira.
— Esse é o nosso objetivo. Vamos fazer o nosso melhor e, se Deus quiser, chegar à final e levar medalha para casa. Se Deus quiser, uma de ouro e uma de prata — completou o surfista.
Bicampeão mundial de surfe em 2014 e 2018, Medina reconheceu o favoritismo dos brasileiros, especialmente pela condição física dos rivais americanos John John Florence e Kolohe Andino, que estão voltando de sérias lesões.
— O Brasil é favorito, com certeza, até pelos resultados. 2021 tem sido meu melhor ano. Mas tem vários outros surfistas também. Acredito que, até pelas lesões do John John (Florence) e do Kolohe (Andino), os australianos Julian (Wilson) e Owen (Wright) vêm fortes. Os melhores do mundo estão indo ao Japão. Então, é sempre bom ficar de olho — finalizou.
Estreante em Jogos Olímpicos, o surfe será disputado entre os dias 25 de julho e 1 de agosto, na praia de Tsurigasaki, na província de Chiba, a cerca de 100km de Tóquio.