A vacinação dos atletas olímpicos e paralímpicos brasileiros para os Jogos de Tóquio começou nesta sexta-feira (14), e foi um momento de comemoração para muitos, que poderão estar imunizados para a competição mais importante do calendário esportivo. No Rio de Janeiro, a surfista Silvana Lima recebeu a primeira dose da Pfizer e vibrou bastante.
— Isso com certeza me deixa mais tranquila para continuar minha preparação. Dá um conforto para poder treinar, sem tanto risco — explica a atleta, reforçando que ainda tomará a segunda dose daqui a 21 dias e que continuará se protegendo do coronavírus.
Silvana Lima é cearense, mas está morando no Rio e se preparando nas ondas cariocas para a Olimpíada. Ela ficou fora neste ano do Circuito Mundial de Surfe, então não vem disputando competições, mas em breve poderá entrar em disputas novamente.
— No fim do mês vou competir no ISA Games, em El Salvador, e depois terei três ou quatro etapas do QS, que é a divisão de acesso do surfe. Acho que isso vai me ajudar na preparação olímpica— comenta a surfista de 36 anos.
Foi no ISA Games no Japão, em 2019, que ela ganhou a medalha de prata após um desempenho excelente. Aquela espécie de aperitivo para a Olimpíada deu mais motivação ainda para a atleta.
— Nossa equipe está bem forte, está incrível, se der os quatro vão trazer medalha. Esse é meu sonho, vou em busca disso, vou atrás da medalha — disse, citando Gabriel Medina, Italo Ferreira e Tatiana Weston-Webb, os outros representantes do Brasil nos Jogos de Tóquio.
Em 2018, Silvana passou por cirurgia nos dois joelhos, para tratar de problemas no ligamento cruzado anterior. Ela garante que está em ótima forma, sem lesões e pronta para brigar pelo pódio. Além disso, financeiramente também está em bom momento.
— Estou na minha melhor fase, bem de patrocínio, e acho que a entrada do surfe no programa olímpico me ajudou— diz a vice-campeão mundial de 2008 e de 2009.
O período sem competições ajudou Silvana a ficar mais próxima da família. Obviamente ela queria estar disputando o Circuito Mundial de Surfe, mas à distância festejou o sucesso dos brasileiros na Austrália. Na última etapa, em Margaret River, Filipe Toledo ganhou no masculino e Tatiana Weston-Webb venceu no feminino.
— Fiquei muito feliz com essa dobradinha, só está dando Brasil. Tomara que em Tóquio seja assim também— afirma.