Maior estrela da ginástica artística na atualidade, Simone Biles fez história nesta terça-feira (8) na Alemanha. Ao liderar a equipe dos Estados Unidos ao ouro e subir ao pódio pela primeira vez em Stuttgart, a americana de 22 anos atingiu a inédita marca de 21 medalhas em Campeonatos Mundiais.
Dona de quatro ouro olímpicos, todos conquistados nos Jogos do Rio 2016, Simone já havia desembarcado na Alemanha como maior campeã em Mundiais, inclusive na disputa com homens. Com a vitória por equipes, chegou a 15 títulos mundiais. Em número de pódios, superou a russa Svetlana Khorkina, que faturou 20 medalhas (nove de ouro) entre 1994 e 2003.
Simone tem tudo para ampliar o recorde em Stutgart, já que ela ainda vai competir nas finais do individual geral feminino e em todos os quatro aparelhos para mulheres (salto, solo, barras assimétricas e trave). Assim, pode também ultrapassar o bielorrusso Vitaly Scherbo, que subiu 23 vezes ao pódio em Mundiais na década de 1990.
Além das medalhas, Simone Biles espera ter mais dois movimentos com sua assinatura após sua impecável apresentação na qualificatória de sábado. A americana conseguiu pela primeira vez em Mundial um giro duplo em um backflip duplo – mais conhecido como duplo-duplo. Para completar, ela ainda fez um triplo-duplo, ou seja, um giro triplo em um retorno duplo.
A equipe dos Estados Unidos sugeriu que as habilidades sejam chamadas "The Biles" e "The Biles II", respectivamente. Na final desta terça-feira, ela adotou uma estratégia mais conservadora e apenas apresentou movimentos homologados, o suficiente para conduzir a equipe americana ao título.
Na ginástica, qualquer movimento inédito feito em uma competição internacional ganha o nome da responsável pelo sua execução. A Federação Internacional de Ginástica (FIG) vai decidir nos próximos dias quais serão os nomes dos movimentos.
A brasileira Daiane do Santos, por exemplo, conseguiu marcar seu nome na história da modalidade em 2003, no Mundial dos Estados Unidos, quando realizou um duplo twist carpado, que acabou sendo reconhecido como "Dos Santos".
O Brasil no Mundial
O Brasil ficou na 14ª posição na classificatória feminina. Assim, ficou de fora da final e também não conquistou a vaga por equipes para os Jogos de Tóquio 2020, o principal objetivo traçado pela Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). Apenas Flávia Saraiva conseguiu a classificação entre as brasileiras. O time masculino se garantiu na Olimpíada, mas também ficou de fora da final por equipes na Alemanha.
No individual, o Brasil briga por medalha com Flávia Saraiva (individual geral, trave e solo), Arthur Zanetti (argolas), Arthur Nory (barra fixa) e Caio Souza (individual geral).
Programaçãp (o SporTV2 transmite as provas)
Quinta-feira (10)
11h – Final individual geral feminino
Sexta-feira (11)
11h – Final individual geral masculino
Sábado (12)
11h – Finais por aparelho (solo, cavalo com alças e argolas masculino, salto e assimétricas feminino)
Domingo (13)
8h – Finais por aparelho (salto, paralelas e barra fixa masculino, trave e solo feminino)