Os objetivos estão traçados: a Sociedade Ginástica de Porto Alegre (Sogipa) quer ter no mínimo cinco atletas de duas modalidades esportivas e conquistar duas medalhas nas Olimpíadas de Tóquio em 2020. O projeto Olímpico do clube foi apresentado na manhã desta terça-feira (23), na Capital, em evento que contou com a participação de atletas, patrocinadores e convidados especiais como o superintendente do Comitê Brasileiro de Clubes, o medalhista olímpico Lars Grael.
Hoje, o clube conta com 60 atletas de alto rendimento em quatro modalidades olímpicas: atletismo, esgrima, judô e ginástica artística. Nas últimas três Olimpíadas, a Sogipa levou 12 atletas e conquistou quatro medalhas de bronze com Tiago Camilo, em 2008, Mayra Aguiar e Felipe Kitadai, em 2012, e novamente com Mayra, em 2016. Todas no judô.
Segundo o presidente da Sogipa, Carlos Wüppel, são necessários R$ 1,8 milhão da Lei de Incentivo ao Esporte, para que o clube possa atingir a meta proposta. A captação precisa ocorrer até o final deste ano.
"Meu mérito é a persistência"
Convidado especial do evento, o iatista Lars Grael fez uma palestra aos participantes da cerimônia. Ele contou a sua trajetória na vela, com as conquistas, as derrotas e até o acidente que o fez perder uma perna em 1998.
— Nossos limites são impostos por nós mesmos. Meu mérito é a persistência — resumiu Lars, que foi campeão mundial em 1983 e novamente em 2015, mesmo tendo a limitação física depois do acidente em que perdeu a perna. Teve ainda duas medalhas de bronze nos jogos de Seul e Atlanta.
Ele incentivou os patrocinadores a seguirem acreditando no esporte e ressaltou a importância da Sogipa no cenário nacional.