Após retornar à Irlanda, o ex-presidente do Comitê Olímpico Irlandês (OCI), Patrick Hickey, acusado de revenda ilegal de ingressos dos Jogos Rio 2016, afirmou que deseja "limpar seu nome" e reclamou da "rapidez" com que foi julgado.
– Os últimos meses foram extremamente traumatizantes para mim e para minha família. Mais uma vez, o que quero reiterar é que sou absolutamente inocente de todas as acusações – afirma Hickey em um comunicado.
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– Tenho a intenção de cumprir com todas as demandas das autoridades brasileiras e vou fazer todo o possível para limpar meu nome, para que eu possa, no tempo devido, retomar minha vida com minha esposa e minha família – completou.
Relembre o caso:
Hickey, 71 anos, foi preso em 17 de agosto acusado de participar de uma rede de revenda ilegal de ingressos, que teria arrecadado pelo menos R$ 10 milhões nos Jogos Olímpicos do Rio. Em 29 de agosto, Hickey foi libertado da prisão por motivos de saúde e ficou hospedado em um luxuoso hotel do Rio de Janeiro. Em 17 de novembro, a justiça brasileira autorizou o ex-dirigente, que sofre de problemas cardíacos, a deixar o país para seguir um tratamento médico, sob pagamento de fiança.
No início de dezembro, a Associação de Comitês Olímpicos Nacionais (ACNO) aceitou pagar a fiança de 1,5 milhão de reais (412.000 euros) fixada pela justiça brasileira para a liberação de Patrick Hickey, que retornou ao seu país natal.
O dirigente olímpico se declarou "completamente inocente", mas renunciou temporariamente ao cargo no OCI após a detenção.