A disputa é entre duplas, mas a equipe é formada por três pessoas, dois titulares e um reserva. Dirceu Pinto e Eliseu Santos buscavam o tricampeonato paraolímpico na bocha. Marcelo Santos, irmão de Eliseu, ainda não tinha medalhas. Mas na final da classe BC4, disputada na tarde desta segunda-feira, os eslovacos Michaela Balcova e Samuel Andrejcik levaram a melhor e ganharam por 4 a 2.
– Nossa meta era ficar entre os três. Lutamos pelo ouro, mas a dupla da Eslováquia não se desconcentrou em nenhum momento – comentou Dirceu, logo acrescentando:
– A prata também é excelente.
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Na decisão contra os europeus, jogaram Marcelo e Eliseu. Os brasileiros saíram vencendo, abrindo 2 a 0 na primeira rodada – são quatro ao total. Na segunda, Michaela e Samuel empataram em 2 a 2. E nas duas seguintes marcaram mais um ponto em cada, fechando em 4 a 2.
– Jogamos o que a gente sabia, era o momento deles – lamentou Marcelo.
Os irmãos Santos, assim como Dirceu, têm distrofia muscular progressiva. A doença degenerou alguns músculos e colocou os dois em uma cadeira de rodas. Para que a patologia não evolua mais, eles fazem tratamento e fisioterapia. No esporte, encontraram alegria e vontade de vencer.
– Fiquei três anos sem sair de casa, a bocha mudou minha vida – enfatizou Dirceu.
– Queremos abrir portas para as pessoas com mobilidade reduzida – concluiu Marcelo.
*ZHESPORTES
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