O novo herói brasileiro inovou ao receber a medalha de ouro conquistada na prova do salto com vara dos Jogos do Rio 2016. Thiago Braz passou o tempo todo em posição de sentido, prestando continência para a bandeira do Brasil.
Não chorou, como é quase praxe. O paulista de 22 anos sorriu o tempo todo, mirando o pavilhão verde-amarelo. A torcida aprovou o seu comportamento, aplaudindo-o muito.
O primeiro medalhista de ouro no masculino desde Joaquim Cruz nos 800m em Los Angeles, em 1984, comoveu com a sua alegria. Acenou, pedindo gritos mais altos de Thiago.
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Dono da festa, ele regeu o Engenhão, que veio abaixo. Quando a torcida vaiou o anúncio do medalha de prata, o francês Renaud Lavillenie, ele pediu que parassem com as mãos e o aplaudiu. O público o acompanhou imediatamente. Este, aliás, evidenciou no semblante a tristeza pela prata. Claramente, o francês voador ainda não aceitou a realidade. Estava constrangido.
Na véspera, inconformado com a derrota e a perda da chance de ser bicampeão olímpico, o francês soltou a língua. Disse que a torcida o desrespeitou ao vaiar seu último salto e fez conotações estapafúrdias com o nazismo. Reconheceu que exagerou um tanto nesta quarta-feira, mas era tarde.
O fato é que até na cerimônia de premiação Thiago Braz foi diferente, batendo continência para a bandeira. Assim como na prova, quando ergueu o sarrafo a 6m3cm, marca que jamais tinha saltado na vida. Uma marca que lhe garantiu a histórica medalha de ouro, que agora já está para sempre em seu peito.
*ZHESPORTES