Um atraso superior a uma hora e meia não tirou o entusiasmo dos passo-fundenses na recepção à tocha olímpica. Já era noite de domingo quando o revezamento começou na segunda cidade gaúcha a receber o símbolo dos Jogos Rio 2016.
Com a avenida Brasil e outras ruas centrais lotadas de espectadores, o trânsito de veículos foi desviado, ficando totalmente congestionado. Nem isto tirou a animação da população que, quanto mais seguia a condução da chama, mas se dirigia para o Parque da Gare, onde houve a festa de celebração com o acendimento da pira em que o fogo pernoitou.
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Eram mais de 15 mil pessoas acompanhando shows, esperando por estrelas locais como Oswaldir e Carlos Magrão, mas principalmente não vendo a hora de testemunhar o ilustre atleta da terra, Gustavo Endres , chegar com a tocha e acender a pira. Isto aconteceu um pouco antes das 21 horas. Em meio a uma avenida Sete de Setembro lotada dos dois lados, surgiu sorridente e com os braços abertos o gigante do vôlei que não se limitou a percorrer apenas os 300 metros dos demais.
Houve uma alteração e Gustavo passou pela a avenida, desceu as rampas do parque e aumentou sua distância percorrida, aumentando também sua felicidade.
– Cara, é minha terra, um lugar tão bonito. Estes 200 metros que viraram muito mais. Foi demais. Acho que metade da cidade estava aqui. Passo Fundo está um pouquinho dentro da Olimpíada – disse cheio de orgulho após a cerimônia.
O medalhista de ouro em Atenas e multicampeão de vôlei ainda comentou sobre o significado dos Jogos em meio à crise brasileira.
– A gente merece a Olimpíada no nosso país. Apesar do momento político e financeiro não favoráveis, nós brasileiros mostraremos que somos capazes e merecemos – concluiu.
*ZHESPORTES