O Comitê Olímpico australiano pediu nesta terça-feira aos organizadores dos Jogos do Rio que reforcem a segurança da cidade, depois do assalto à Liesl Tesch, medalha de ouro na vela paraolímpica nos Jogos de Londres, quando ela andava de bicicleta com a oficial Sarah Ross. A campeã foi abordada no domingo, durante o dia, por dois homens armados.
– Estávamos pedalando ao longo da Baía de Guanabara, vendo Pão de Açúcar coberto por nuvens. (...) Logo depois que passamos por um ponto de ônibus no caminho da nossa casa, duas pessoas pularam na minha frente. A bicicleta da Sarah bateu na minha. Então, um dos homens apontou uma arma para mim. Disse alguma coisa em português, levantando a arma. Pensando que ele estivesse pedindo dinheiro, levantei a minha camisa para mostrar que eu não tinha nada. Ele me deu empurrão no ombro, com a minha mão que estava livre, e eu fui derrubada sobre os paralelepípedos com a bicicleta entre as pernas. Sarah estava gritando com o homem que estava roubando sua bicicleta. Depois, o homem com a arma pegou a minha bicicleta e saiu. Tinham três pessoas a dez metros de nós naquele momento, que assistiram a tudo, mas continuaram seus passeios matinais – relatou a atleta em seu perfil oficial no Facebook.
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Kate McLoughlin, chefe da missão do Comitê Paralímpico australiano, declarou que as duas vítimas do assalto estavam "afetadas, mas sãs e salvas". Este novo incidente acontece dias depois que a jovem atleta brasileira do tiro esportivo Anna Paula Cotta foi ferida a bala na cabeça em um roubo no Rio e hospitalizada em estado crítico.
Membros da equipe espanhola de vela também foram vítimas de violência no mês passado. Kitty Chiller, do Comitê Olímpico Australiano, apelou aos organizadores que mobilizem forças de segurança extras.
– Estamos muito preocupados, os organizadores devem revisar em alta o nível de segurança – indicou. – Escrevemos hoje para pedir que solucionem este problema – acrescentou.
Segundo o Comitê Olímpico australiano, os organizadores se comprometeram em mobilizar cerca de 100.000 policiais, militares e agentes de segurança além das forças já atuantes.
*ZHESPORTES e AFP