Os Jogos Olímpicos do Rio serão marcados pela implementação de novas regras para o handebol, que passam a valer a partir de 1º de julho. Entre as mudanças promovidas pela IHF (Federação Internacional de Handebol) estão a inclusão de um cartão azul como punição e medidas para tornar as partidas mais dinâmicas e com poucas paradas.
– A IHF quer um jogo cada vez mais rápido e vamos ter que nos adaptar. Talvez o Brasil sofra um pouco quando estiver se defendendo. Os adversários podem atuar com goleiro-linha, então temos que treinar isso. Acredito que essas regras vão ser incorporadas no jeito de jogar – explica Diogo Hubner, jogador da seleção brasileira.
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O cartão azul é um tipo de expulsão da partida que possibilita a suspensão do atleta por outros jogos. Outra regra alterada é em relação ao goleiro-linha. A partir das mudanças, não será mais necessário que um atleta tenha o uniforme de goleiro em quadra. Assim, o time pode atuar com sete jogadores de linha e qualquer um pode sair para a entrada do goleiro, a qualquer momento. Se o arqueiro não tiver tempo de retornar, nenhum atleta pode entrar dentro da área. Mas isso deve fazer alguns times usar a mudança como tática de jogo.
Houve também mudança na questão do jogo passivo. Quando a arbitragem sinalizar com advertência para a falta de efetividade ofensiva do time, haverá um limite de seis trocas de passe no ataque. Se estourar o limite, a bola vai para o adversário. Outro ponto importante é que, quando um jogador estiver lesionado e pedir atendimento médico, ele terá de ficar fora da quadra por três ataques de sua equipe.
– Uma outra regra que vai ajudar bastante é se entender que o atleta está simulando. Quem fizer isso vai se dar mal. Claro que vai depender da interpretação da arbitragem no momento – diz Diogo.
Outra mudança vale para os últimos 30 segundos de jogo, e também para quando houver prorrogação, a fim de coibir atitudes de falta de esportividade das equipes. Para o diretor de árbitros da CBHb (Confederação Brasileira de Handebol), Êsilo de Melo, as mudanças que foram testadas nos Mundiais júnior e juvenil no ano passado foram aprovadas.
– O grande aspecto das novas regras é dar maior dinamismo ao jogo, torná-lo mais fluente, e diminuir o tempo total da partida em si – avisa.
*ESTADÃO CONTEÚDO
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As mudanças promovidas pela Federação Internacional passam a valer a partir de 1º de julho
Estadão Conteúdo
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