Adriana Araújo, 34 anos, já tem seu nome marcado na história do boxe feminino no Brasil. Na estreia da modalidade na Olimpíada de Londres, a paulista foi a primeira brasileira a vencer uma luta olímpica. E não parou por aí. Ela também foi a primeira a conquistar uma medalha – bronze após derrotar a marroquina Mahjouba Oubtil –, a 100ª do Brasil em Jogos Olímpicos. Para 2016, Adriana quer continuar no mesmo caminho.
– O atleta está aí para alcançar feitos, fazer história. Graças a Deus eu sou uma dessas para tentar quebrar paradigmas. Eu posso ser agora a atleta a ganhar duas medalhas. Esse é um dos meus objetivos, e que ela seja, de preferência, de ouro. Estou trabalhando para isso, treinando para conseguir este feito.
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Adriana teve sua participação no Rio 2016 confirmada no início de março, quando a Confederação Brasileira de Boxe divulgou a lista de atletas convocados para ocupar as vagas destinadas ao Brasil por ser país-sede. Apesar de não ser a melhor colocada no ranking na categoria até 60kg, Adriana foi a escolhida.
– Foi uma grande surpresa para mim, fiquei muito feliz mesmo. Não sei qual foi o critério da comissão, mas eu fiquei feliz por tudo que eu já tinha feito pelo boxe brasileiro e por ter esse reconhecimento, que me deu nova oportunidade de representar o país e a minha modalidade.
A carreira de Adriana também teve polêmicas. Após conquistar o bronze em 2012, a pugilista fez duras críticas ao presidente da Confederação, Mauro Silva, dizendo que foi humilhada por ele que afirmou que ela "não tinha condições de se classificar". Meses depois, a atleta foi cortada da seleção brasileira de boxe e parou de representar o país em competições internacionais. A nova chance veio quase três anos depois, em 2015, e culminou com a escolha para representar o país na Olimpíada.
– Foi tudo superado. A gente vem fazendo o nosso trabalho, tanto o presidente quanto eu. Graças a Deus, há uma nova história dentro da Confederação Brasileira de Boxe.
*A colunista viajou ao Rio a convite da Nissan
*ZHESPORTES