Esqueça as águas da Guanabara, por mais sujas que estejam. O ponto que pode estragar a Olimpíada do Rio ganhou as manchetes na semana passada, quando veio a público um e-mail do prefeito Eduardo Paes alertando o COI de que as obras do metrô podem não ficar prontas até os Jogos.
A linha que liga a zona sul à Barra da Tijuca, onde fica o Parque Olímpico, é essencial para o conforto dos turistas durante o evento. A maioria não virá ao Rio somente atrás dos ginásios e quadras que sediam as competições. Querem, quando se cansarem de ver corridas, lutas e jogos, conhecer as famosas praias cariocas, caminhar nos calçadões. E querem que o trajeto que separa essas duas atrações seja percorrido de forma rápida e segura.
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A nova linha de metrô supriria essa necessidade. Qualquer um que tenha visitado o Rio sabe da dificuldade e da demora para ir de Copacabana, Leme ou Ipanema até a Barra. O caminho é longo e, com frequência, engarrafado. É provável que boa parte dos turistas fique hospedado na zona sul, uma escolha natural pela estrutura hoteleira da região. O transtorno que sofreriam diariamente para se deslocar até o principal local de competições é de estragar qualquer viagem.
Há vários questionamentos possíveis sobre a preparação carioca para a Olimpíada. A maioria deles, porém, diz respeito ao legado do evento. Será que a Barra, uma região já desenvolvida da cidade, é o melhor local para o Parque Olímpico? Por que não aproveitaram o evento para limpar de vez a Guanabara? Os problemas, porém, dificilmente tem impacto direto sobre os Jogos em si. Mesmo as águas devem passar por mutirões de limpeza de lixo flutuante para que a sujeira não freie as embarcações.
Mas para ir rapidamente da zona sul à Barra, o ameaçado metrô é a única solução.
* ZH Esportes