A comissão técnica da Seleção Brasileira de vôlei masculino nunca escondeu os principal objetivo nos Jogos Pan-Americanos de Toronto: dar mais experiência aos novatos e, talvez, poder aproveitar alguns deles já nas próximas competições. No discurso, uma medalha, não passaria de um detalhe. Bom, "bagagem", com certeza os jogadores ganharam. Mas não dá para esconder que a competição terminou de um jeito amargo. Afinal, os brasileiros deixaram escapar o ouro na decisão de ontem contra a Argentina, no Exhibition Hall. Após sair atrás, virar o jogo e abrir vantagem no quarto set, o Brasil foi derrotado por 3 sets a 2, com parciais de 25-23, 18-25, 19-25, 25-23 e 15-8.
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Sempre grande esperança de láureas durante as competições, a modalidade ficou sem um lugar no topo do pódio no Canadá. Até então, tinham sido duas pratas (vôlei de praia masculino e de quadra feminino) e um bronze (com as mulheres na areia). Desde 1999, quando o vôlei de praia foi instaurado, apenas uma vez o Brasil não tinha levado, pelo menos um título: em 2003, em Santo Domingo.
Se não bastasse, a Seleção Brasileira não conseguiu igualar o número de conquistas de Cuba no torneio entre os homens no Pan. Os brasileiros seguem com quatro, contra cinco dos cubanos.
Mas o que realmente dá para aproveitar desse Pan-Americano?
Bom, aos 25 anos, o oposto Renan demonstrou potencial. Com 2,17m, foi a área de escape da Seleção nos momentos complicados. Errou algumas vezes, o que é normal. Mas pode ser aproveitado.
Assim como o ponteiro Douglas, o mais jovem do grupo, com 19 anos. Ele é apontado pela própria comissão técnica como uma aposta para os próximos anos e tem seguido o que foi feito com Lucarelli, se revezando em competições pelo time adulto e pela equipe juvenil.
Na partida deste domingo, após perder o primeiro set, o Brasil conseguiu dominou as duas parciais seguintes. Na quarta, quando todos já esperavam peli título dos brasileiros, a Argentina renasceu. Os rivais tiraram uma desvantagem e não perderam mais a liderança. O tie-break foi dominado por eles. E o time nacional sentiu.
Para um grupo de jovens, com média de 23 anos, a prata no Pan pode valer muito. Mas para o vôlei brasileiro fica um gosto amargo.
*ZHESPORTES