O zagueiro Marc Guéhi, capitão do Crystal Palace, não será punido por ter escrito uma mensagem religiosa em sua braçadeira, que no último fim de semana estava com as cores do arco-íris por uma campanha contra a homofobia, informou a imprensa inglesa nesta quarta-feira (4).
No último sábado, no jogo contra o Newcastle (1 a 1), Guéhi acrescentou a frase "I love Jesus" ("Eu amo Jesus") em sua braçadeira de capitão, algo que foi interpretado por muitos como uma mostra de desaprovação à campanha de apoio ao coletivo LGBTQIA+.
Na terça-feira, o jogador repetiu o gesto, mas a mensagem foi "Jesus loves you" ("Jesus te ama").
Segundo a imprensa britânica, a Premier League lembrou a Guéhi, jogador da seleção inglesa, que mensagens de caráter religioso estão expressamente proibidas, mas descartou abrir um processo disciplinar contra ele, que no passado já havia expressado publicamente suas fortes convicções cristãs.
Nas últimas rodadas do Campeonato Inglês, os capitães das equipes usaram uma braçadeira com as cores do arco-íris como parte da campanha 'Rainbow Laces' contra a homofobia no esporte.
O técnico do Crystal Palace, Oliver Glasner, saiu em defesa do jogador: "Todo o mundo é a favor da integração e contra a discriminação, também no caso de Marc. Ele tem sua opinião e nós a aceitamos. Aceitamos todas as opiniões", declarou.
O capitão do Ipswich Town, Sam Morsy, também provocou polêmica e não usou as cores do arco-íris em sua braçadeira, também por motivos religiosos, segundo o próprio clube.
A Premier League ainda não se pronunciou sobre este segundo caso.
O capitão do Manchester United, o português Bruno Fernandes, usou a braçadeira da campanha, mas os jogadores da equipe não entraram em campo com o agasalho de treino nas cores do arco-íris, já que o marroquino Noussair Mazraoui se recusou a vesti-lo.
"Estamos comprometidos fortemente com os princípios de diversidade e inclusão. Os jogadores têm o direito de ter suas opiniões, especialmente em relação à sua fé, que às vezes podem diferir da posição do clube", explicou o United em comunicado.
* AFP