A queniana Ruth Chepngetich fez história neste domingo (13) ao vencer a Maratona de Chicago, nos Estados Unidos, com o tempo de 2h09min56seg, o novo recorde mundial da distância, baixando em quase dois minutos a marca anterior, que pertencia à etíope Tigst Assefa, que completou a prova de Berlim, no ano passado, em 2h11min53seg. Nenhuma mulher havia conseguido correr abaixo das 2h10min até agora.
O resultado da atleta de 30 anos foi tão expressivo que a segunda colocada, a etíope Sutume Asefa Kebede, marcou o tempo de 2h17min32seg. Irine Cheptai, do Quênia, ficou em terceiro com 2h17min51seg. Ela também conquistou o tricampeonato em Chicago, tendo vencido também em 2021 e 2022. No ano passado, ficou em segundo.
— Esse é meu sonho e ele se tornou realidade. Eu lutei muito. Pensei muito no recorde mundial e consegui. Chicago é como uma casa para mim, me motiva muito correr aqui — disse Chepngetich, que em 2019 foi campeã mundial da prova em Valencia, na Espanha.
No masculino, o vencedor foi o queniano John Korir, que completou a prova em 2h02min43seg e conquistou o seu primeiro título na maratona internacional. Ele, que se tornou o sexto maratonista mais rápido da história, teve em seu lado no pódio os etíopes Huseydin Esa (2h04min39seg) e Amos Kipruto (2h04min50seg).
— Hoje foi uma boa corrida, fui pela vitória e não pelo tempo. Tive paciência e acreditei em mim mesmo— comemorou o queniano de 27 anos.
Criada em 1977, a Maratona de Chicago tem o Quênia como maior vencedor no masculino. São 16 conquistas, incluindo as três últimas edições. No feminino, as quenianas chegaram a 11 vitórias contra 12 das norte-americanas. O Brasil tem quatro títulos, todos no masculino, com Joseíldo Rocha da Silva (1991), José César de Souza (1992) e Luiz Antônio dos Santos (1993/1994).