Os últimos anos da vida de Maguila, que morreu nesta quinta-feira (24), foram de grande zelo da mulher, Irani Pinheiro. Casada com o boxeador por 30 anos, desde 1983, foi ela quem mais cuidou dele antes da internação. Ela é mãe do terceiro filho de Maguila, Adilson Rodrigues Júnior, que tem 34 anos e é ativista antirracista e contra gordofobia, conhecido como Júnior Ahzura.
A mulher chegou até a escolher as roupas que Maguila vestia, em determinado momento da união, quando o ex-boxeador já sofria com sintomas de ETC (encefalopatia traumática crônica). No final da carreira do pugilista, ela também teve participação.
Irani relatou à Veja, em 2020, que cursou Direito e se tornou advogada para proteger Maguila de problemas contratuais, ainda no final da carreira dele no boxe. Ainda hoje, ela tem um escritório no Avenida Paulista e continua a atuação.
A preocupação fazia sentido. Maguila contava que nunca conseguiu fazer uma fortuna com o esporte. Após a luta épica contra Holyfield, por exemplo, ele declarou ter ficado com apenas US$ 5 mil da estimativa de US$ 150 mil de faturamento do confronto. O ex-lutador alegou ter sido enganado por empresários na ocasião.
Maguila já havia tido outro casamento antes de Irani. Com a primeira mulher, teve dois filhos. O primogênito foi Denilson Lima dos Santos, o Maguilinha, que até tentou seguir carreira no boxe, mas não teve sucesso. Depois, nasceu Edmilson Lima dos Santos, que hoje tem 45 anos.
Por que o apelido?
Ele recebeu esse apelido por causa da sua semelhança no porte físico com Magilla Gorilla, protagonista de um desenho animado. No enredo do programa, o gorila mora em uma loja de animais. Ele costumava causar confusões por ser muito forte e desastrado. A força também era comparada com o boxeador.