O Corinthians ampliou sua hegemonia no futebol feminino ao erguer o troféu da Libertadores pela quinta vez, de forma invicta. O penta do torneio mais importante do continente foi conquistado com vitória por 2 a 0 sobre Santa Fé, da Colômbia.
A meio-campista Vic Albuquerque e a zagueira Érika, com um gol em cada tempo, definiram o triunfo na final, disputada no Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai.
Maior campeão continental, o time feminino do Corinthians conquistou o torneio de forma consecutiva pela primeira vez. As outras taças a equipe levantou em 2017, 2019 e 2021.
O São José, com três troféus, é quem mais se aproxima das 'Brabas', como são chamadas as jogadoras corintianas. hegemônicas no Brasil e na América do Sul.
Foi o terceiro título na temporada da equipe comandada por Lucas Piccinato e o 18º desde que o projeto do futebol feminino foi retomado em 2016. Entre os muitos troféus, além dos cinco da Libertadores, estão na galeria corintiana seis do Campeonato Brasileiro, um da Copa do Brasil e quatro vezes o Campeonato Paulista.
Premiação da Libertadores
Pela conquista, a equipe vai receber a maior premiação da história da competição: 2 milhões de dólares (cerca de R$ 11 milhões). O valor é muito menor do que o oferecido pela Conmebol nas competições masculinas. O campeão da Libertadores 2024, por exemplo, vai levar 23 milhões de dólares - R$ 130 milhões - e o vencedor da Sul-Americana, que pode ser o Corinthians, vai faturar 6 milhões de dólares (R$ 30 milhões).
O Corinthians deu mais provas de que organização, investimento e planejamento dão resultados no futebol feminino.
Os dirigentes da Conmebol fizeram mudanças às pressas na competição, disputada em 17 dias, com gramados esburacados, ônibus detonados e velhos — como denunciou Gabi Zanotti — estádios vazios e pouca atenção da entidade às jogadoras.
As partidas foram jogadas a cada três dias e em uma única sede, o Paraguai. Dos seis jogos, as corintianas ganharam cinco e empataram um.
Como foi o jogo
Na decisão, o Corinthians não foi brilhante, mas efetivo. Sofreu algumas investidas do time colombiano, mas construiu grande volume de jogo e as melhores oportunidades e aproveitou duas delas, uma em cada tempo.
Vic Albuquerque, fez com a perna esquerda o gol que abriu o caminho para o triunfo na final. Ela recebeu dentro de área, dominou e bateu na sequência. A goleira tocou na bola, mas não a impediu de entrar.
Erros defensivos da equipe brasileira quase permitiram o empate do Santa Fe, só que as colombianas não aproveitaram e foram castigadas na segunda etapa.
Érika resvalou de cabeça para as redes falta cobrada por Yasmin e sacramentou o triunfo e, por consequência, o título do Corinthians, soberano na América.