Em busca de uma vaga de piloto titular na Fórmula 1, Felipe Drugovich terá mais uma vez um gostinho de pilotar um carro da categoria. O brasileiro estará na pista com a Aston Martin para o primeiro treino livre do GP do México, no dia 25 deste mês, uma sexta-feira, na capital mexicana.
Piloto reserva e de testes da equipe, Drugovich vai substituir o titular Fernando Alonso na sessão que abre o fim de semana, no Autódromo Hermanos Rodríguez. No segundo treino livre, no mesmo dia, o bicampeão mundial vai recuperar o seu posto, ao lado do canadense Lance Stroll, o outro titular do time.
Será a estreia de Drugovich no carro atual da Aston Martin, que ajudou a desenvolver com o seu trabalho nos simuladores.
— Estou muito empolgado para pilotar o AMR24 pela primeira vez, é uma oportunidade que eu vinha esperando há muito tempo. Passei boa parte do ano trabalhando no desenvolvimento do carro no simulador da equipe e vai ser incrível sentir na pista a diferença entre a simulação e a realidade — diz o paranaense de 24 anos.
O brasileiro também fará sua estreia no circuito mexicano.
— Nunca corri no Autódromo Hermanos Rodríguez, que é uma pista desafiadora, com longas retas e curvas técnicas, então vou me preparar no simulador antes do evento para chegar bem no primeiro treino — que nesta temporada fez algumas provas na European Le Mans Series.
Chefe da Aston Martin, Mike Krack fez elogios ao piloto brasileiro.
— Estamos felizes em dar ao Felipe a oportunidade de pilotar o AMR24 pela primeira vez no treino livre na Cidade do México. Ele participa das atividades no simulador em Silverstone e seu feedback detalhado e preciso foi muito importante para o desenvolvimento do carro. Por isso, vai ser muito gratificante experimentar tudo isso na pista.
Reserva da equipe, Drugovich tem como grande objetivo se tornar titular no grid da F-1, se possível na temporada 2025. Em entrevista ao Estadão, em agosto, o piloto afirmou estar em negociação com diversas equipes. No momento, ele briga por um dos três assentos restantes no grid de 2025 nas equipes Mercedes, RB e Sauber.
Na mesma conversa, o empresário do piloto, Amir Nasr, disse que o piloto conta com patrocinadores suficientes para sonhar com uma vaga no grid.
— Patrocinador não é problema. Temos até mais do que o suficiente. Temos parceiros leais, sólidos, que vão com a gente para onde for. O problema mesmo é a escassez de vagas. Na minha opinião, tinha que ter pelo menos 24 carros, com 12 equipes na F1— afirmou o empresário.