A Promotoria da província de Mendoza autorizou a saída da Argentina de dois jogadores de rúgbi franceses acusados de estupro, decisão que ainda precisa ser confirmada na terça-feira (3) por uma juíza de garantias, informou, nesta segunda (2), o porta-voz do Poder Judiciário, Martín Ahumada.
— O promotor autorizou a saída do país para que os dois acusados possam viajar para a França— disse Ahumada em uma coletiva de imprensa, referindo-se aos jogadores Hugo Auradou e Oscar Jegou, ambos de 21 anos, acusados de agredir e estuprar uma mulher em um hotel nessa província argentina, após um jogo amistoso da seleção de seu país.
A decisão da Promotoria ainda precisa ser confirmada por uma juíza de garantias em uma audiência marcada para terça-feira às 11h30 locais (mesmo horário de Brasília) no Polo Judicial de Mendoza, a 1.000 km da capital Buenos Aires.
A audiência foi convocada para discutir o pedido da acusação de ampliar as perícias psicológicas dos jogadores, que faziam parte da seleção de seu país em uma turnê pela região.
— Portanto, a saída do país ainda depende do que acontecerá na audiência de amanhã — esclareceu Ahumada.
Enquanto isso, os atletas aguardam em Buenos Aires, para onde foram na semana passada ao sair da cidade de Mendoza.
Nesta segunda-feira, a parte acusadora também apresentou um pedido de recusa contra a Promotoria "por violência moral e falta de objetividade", que ainda precisa ser analisado.
O promotor "já autorizou a saída do país (dos acusados), mas processualmente é necessário esperar a audiência de amanhã para poder concretizá-la ou torná-la efetiva", acrescentou Ahumada.
Além disso, a autorização da Promotoria para que os jogadores deixem o país sul-americano inclui certas condições, como "comparecimento nos consulados argentinos na França, comparecimento em Mendoza, se necessário, e o estabelecimento de um domicílio real e um domicílio virtual", explicou.
Também está prevista uma audiência na quinta-feira para continuar as perícias psicológicas da denunciante, uma mulher de 39 anos que afirmou ter sido agredida e estuprada pelos dois franceses na noite de 6 para 7 de julho, em Mendoza.
* AFP