No futebol, a lógica existe, mas em alguns casos ela consegue ser completamente ignorada. Quando a bola rola em campo, o que importa mesmo é o desempenho das equipes naquele momento e nada mais. Inglaterra e Suíça chegaram até a Eurocopa com status diferentes e agora se enfrentam nas quartas de final da competição em circunstâncias completamente diferentes.
- Inglaterra tem uma vitória e três empates na Euro
- A seleção suíça venceu dois jogos e empatou outros dois
- Quem se classificar enfrenta o vencedor de Holanda x Turquia
A seleção inglesa chegou até a Alemanha sendo considerada uma das favoritas. Por ter um time repleto de bons jogadores e pelo vice-campeonato na última edição. Vencer um título é uma obsessão dos ingleses. Por outro lado, ninguém dava nada pela seleção suíça que, apesar de ter bons jogadores, sempre ficou conhecida por montar boas defesas, mas era um sofrimento no ataque.
Após quatro partidas da Eurocopa, os cenários mudaram. A Inglaterra pouco jogou e nada convenceu. Classificou-se por conta do iluminado Bellingham, que salvou a vida dos ingleses com um gol de bicicleta no último minuto contra a Eslovênia. Na prorrogação veio a virada com Harry Kane. A cobrança é grande em cima do treinador Gareth Southgate, que precisa achar soluções.
A Suíça ganhou uma partida no seu grupo e por pouco não venceu a anfitriã Alemanha. O empate no fim fez com que os suíços enfrentassem a Itália nas oitavas. Um adversário de peso, com história e títulos. Um adversário que foi completamente dominado e nada pode fazer para evitar o triunfo por 2 a 0.
Cole Palmer pouco aproveitado pela Inglaterra
Pode-se dizer que a seleção inglesa é formada por talentosos jogadores que não estão conseguindo jogar juntos. Não há padrão de jogo, o time parece não falar o mesmo idioma e isso prejudica a criação ofensiva.
Uma das principais críticas sobre Southgate é manter Cole Palmer, destaque do Chelsea na última temporada, no banco de reservas. Enquanto Saka e Foden, os dois ponteiros titulares, não estão rendendo.
Já que a seleção está bagunçada dentro de campo, nada mais justo do que o principal nome de um clube que foi uma bagunça na temporada atuar. Palmer se destacou num Chelsea muito parecido com a Inglaterra da Euro. Ele chamava a responsabilidade e aos poucos ajudou com que seus companheiros começassem a jogar bem.
Algo precisa ser feito, pois do jeito que as coisas estão, a chance dos ingleses lamentarem mais um vexame é grande.
Solidez e eficiência da Suíça
Ofensivamente, a seleção da Suíça vem se destacando pela eficiência. São sete gols marcados e o volume ofensivo vem sendo grande. A solidez defensiva, antes principal característica dos suíços, vem sendo deixada um pouco de lado para que o time consiga marcar mais gols.
Não quer dizer que o time não defenda bem, mas está mais presente no ataque, principalmente com o trio veloz formado por Ruben Vargas, Dan Ndoye e Breel Embolo. O mínimo descuido do adversário é um espaço aproveitado por qualquer um dos três, que são bem servidos pelos passes de Granit Xhaka e Remo Freuler.
Ainda no banco de reservas, o principal nome em relevância no futebol europeu. Apesar de não estar mais no seu auge, Shaqiri é uma boa opção para o segundo tempo e pode resolver em um momento crítico.