Um brasileiro foi selecionado na primeira rodada do Draft da NBA em 2024. Na verdade, Tristan da Silva, 23 anos, nasceu em Munique, na Alemanha. Mas, por ser filho do ex-pugilista Valdemar da Silva, também tem a nacionalidade brasileira. O ala foi escolhido pelo Orlando Magic na 18ª posição da primeira rodada.
Com 2m07cm de altura, Tristan da Silva atuava pela Universidade do Colorado, onde teve médias de 16 pontos e 5,1 nos rebotes. A pergunta que fica é se ele poderá defender a seleção brasileira de basquete?
Legalmente, a resposta é sim. No entanto, a tendência é que o jogador escolha atuar pela Alemanha. Isso porque seu irmão, o ala-pivô Oscar da Silva, 25 anos, já foi convocado pela equipe europeia.
Interesse ignorado
A história de Oscar de Silva evidencia a falta de planejamento da Confederação Brasileira de Basquete (CBB). Junto do pai, ele fez contato com a entidade em 2015, afirmando o interesse em defender a camisa verde-amarela. Sem nunca ter recebido um retorno, começou jogar pelo time alemão em 2016.
Em 2019, a CBB tentou corrigir o erro. Contudo, a Federação Alemã não liberou, pois já havia um plano para o desenvolvimento dele nas categorias sub-21 e, posteriormente, na principal. A Alemanha é atual campeã mundial de basquete e se prepara para as Olimpíadas de Paris. Entre os pré-convocados para irem à França, está o nome de Oscar da Silva.
Quem convive com Tristan da Silva afirma que ele tem o sonho de jogar ao lado do irmão. Com isso, a Alemanha deve ganhar essa briga. Pensando em uma justificativa para convencê-lo a vir para o lado brasileiro, estaria a concorrência do ala Franz Wagner, que também atua no Orlando Magic, na posição 3. No Brasil, ele poderia assumir um protagonismo maior.
Brasileiros draftados na NBA
O Brasil teve 16 jogadores draftados na história da NBA. O primeiro foi o pivô Marcos Abdalla, em 1972, escolhido na 162ª posição pelo Portland Trail Blazers. O mais recente foi o ala Guilherme Santos, chamado pelo Golden State Warriors na 55ª posição. O mais destacado foi o pivô Nenê Hilário, em 2002, selecionado pelo Denver Nuggets na sétima posição.
