O austríaco Dominic Thiem, ex-número 3 do mundo e atualmente 117º colocado no ranking da ATP, muito devido a uma lesão reincidente no pulso, anunciou nesta sexta-feira (10) sua aposentadoria das quadras no final desta temporada.
"A temporada de 2024 será a última para mim, decidi encerrar a minha carreira", anunciou o jogador de 30 anos em um vídeo publicado em sua conta no Instagram.
Entre as razões desta decisão "cuidadosamente pensada", ele fala do estado do seu pulso, mas também de "um sentimento profundo" que o anima há "muito tempo".
Thiem disse estar "grato" pela experiência incrível que teve, através de "altos e baixos", e "animado" com o futuro, sem dar mais detalhes.
Ao longo de sua carreira, Thiem venceu 17 torneios, incluindo o Aberto dos Estados Unidos em 2020, seu único título de Grand Slam. Além disso, disputou duas finais em Roland Garros, uma no Aberto da Austrália e duas finais no Masters de Londres, competição disputada entre os oito melhores jogadores da temporada.
Em meados de 2021, teve que deixar as quadras devido a uma ruptura no ligamento do pulso direito, e nunca mais recuperou seu melhor nível, caindo em 2022 para a 352ª colocação no ranking da ATP.
O sérvio Novak Djokovic, número 1 do mundo, prestou uma homenagem ao austríaco nesta semana no Masters 1000 de Roma, quando os rumores começaram a circular.
"Ele sempre demonstrou respeito na quadra", disse o sérvio, elogiando seu "incrível 'backhand' de uma mão, sua força e sua intensidade", segundo declarações citadas pela agência de notícias austríaca APA.
O alemão Alexander Zverev também prestou homenagem a Thiem após avançar à terceira rodada do Aberto de Roma nesta sexta-feira. "Ele é um dos maiores campeões que já tivemos, é um dos únicos caras que conseguiram vencer os três grandes [Federer, Nadal e Djokovic] em suas superfícies favoritas, ele foi uma potência em toda a sua carreira e desejo a ele nada além do melhor no futuro", disse Zverev.
"Estou perdendo um dos meus melhores amigos do circuito, essa é a primeira coisa que estou perdendo pessoalmente", acrescentou o alemão.
* AFP