Jovem, extremamente jovem a escalação da Seleção Brasileira para enfrentar a Inglaterra, no sábado (23). Tão jovem a ponto de a média de idade ser mais baixa do que a equipe campeã olímpica em Tóquio. Com um punhado de garotos e alguns estreantes, o técnico Dorival Júnior escalará em Wembley, às 16h, um time com a média de idade mais baixa quando comparada a momentos importantes dos últimos anos da Seleção.
Para seus dois primeiros jogos no comando do time — na terça (26), o Brasil enfrenta a Espanha —, o treinador fez uma lista repleta de novidades. São oito jogadores que foram chamados pela primeira vez, cinco (o goleiro Bento, os zagueiros Fabrício Bruno e Beraldo, o lateral Wendell e o volante João Gomes) deles começaram jogando com o English Team. Com isso, a média de jogos com a amarelinha está em 16,3 partidas por jogador.
O time titular deve ter Bento; Danilo, Fabrício Bruno, Beraldo e Wendell; Bruno Guimarães, João Gomes e Lucas Paquetá; Vini Jr, Rodrygo e Raphinha. Juntos somam 282 anos, o que dá uma média de idade de 25,6 anos. Os mais experiente desta turma são os laterais Danilo, de 32 anos, e Wendell, de 30.
— Teremos dificuldades momentâneas, esse início não será fácil, mas a partir do momento em que encontrarmos um caminho eu não tenho dúvidas que essa Seleção, com os garotos que aí estão, daqui a dois anos estará mais madura, segura e com um equilíbrio maior, passando uma confiança ainda maior ao torcedor. O trabalho será nesse sentido — explicou Dorival, em entrevista nesta sexta-feira (22).
Na estreia do antecessor de Dorival, Fernando Diniz montou uma equipe com média de 28 anos para enfrentar e golear por 5 a 1 a Bolívia.
Tite também montou equipes mais experientes. Em seu primeiro jogo, vitória sobre o Equador em 2016, o time tinha 27,5 anos de idade média. Basicamente, em termos etários, a base foi mantida até a Copa do Mundo da Rússia, dois anos depois. Na eliminação para a Bélgica, o selecionado do treinador tinha 29,1 anos de idade, em média. No Mundial do Catar, a Seleção caiu para a Croácia, com uma média de 28,6 anos.
Se o critério para a convocação nas Olímpiadas fosse a média de idade, o time que entrará em campo em Wembley poderia ser colocado em campo em uma hipotética partida olímpica.
Nos Jogos de Tóquio, em 2021, André Jardine escalou o time com média de idade de 26 anos, quatro meses mais velha do que a formação a ser utilizada no fim de semana. Dois aspectos ajudaram para a elevação da idade. Como o evento foi adiado em um ano, podiam ser inscritos atletas com até 24 anos, e não até 23 anos.
O outro ponto foi as escolhas de Jardine. O goleiro Santos, então com 31 anos, e o lateral Daniel Alves, então com 37, ajudaram a puxar a média para cima.