A família do meia-atacante argentino Di María recebeu ameaças de morte em Rosario, cidade natal do jogador campeão mundial pela Argentina, em 2022. Segundo o site Infobae, um carro deixou um cartaz em frente à casa de Di María advertindo que nem mesmo o governador provincial Maximiliano Pullaro poderia garantir a segurança do jogador e de seus familiares.
De acordo com fontes policiais, o pai do atleta chegou a receber uma mensagem com os dizeres "Diga a seu filho Ángel (Di María) que não volte a Rosário porque senão estragaremos tudo matando um familiar. Nem Pullaro vai te salvar. Nós não jogamos fora pedaços de papel. Jogamos chumbo e gente morta". O chefe de segurança do condomínio onde mora Di María afirmou que foram ouvidas quatro explosões antes que um carro disparasse em alta velocidade após jogar um pacote preto com a mensagem.
Ao 36 anos, Di María está atualmente jogando pelo Benfica, de Portugal. Revelado pelo Rosario Central, ele afirmou por diversas vezes que deseja voltar ao clube onde se formou para encerrar a carreira.
Rosario vive momentos de terror
A cidade de Rosario, recentemente, viu o crescimento do tráfico de drogas, com grupos descritos como narcoterroristas disputando território e influência. Houve aumento significativo de violência na região, o que provocou a chegada de reforços do exército argentino para tentar controlar a situação.
Inclusive, o Papa Francisco, em uma mensagem gravada e divulgada pelo Vaticano nesta terça-feira (26), manifestou solidariedade com a cidade argentina diante de uma nova onda de ameaças criminosas e alertou para a "cumplicidade" em diferentes níveis:
— Sem a cumplicidade de um setor do poder político, policial, judicial, econômico e financeiro não seria possível chegar à situação.
Rosario Central se manifesta
O Rosario Central também se manifestou oficialmente para repudiar o incidente e pedir a ação das autoridades.
— O Rosario Central repudia enfaticamente os fatos que são de conhecimento público, em que se registraram ameaças contra um reconhecido jogador surgido de nossa base. Não se pode permitir que queiram amedrontar os jogadores ou atentar contra eles e seus familiares — diz um trecho do comunicado.