Três ativistas ambientais do Last Generation interromperam brevemente a 29ª edição da Maratona de Roma neste domingo (17), antes de serem detidos e levados pela polícia a uma delegacia, disse o grupo em um comunicado.
—Esta manhã, às 9h locais (5h em Brasília), três cidadãos interromperam a passagem da Maratona de Roma. A polícia municipal interveio às 9h10min, deslocou os manifestantes para a margem da rua e depois levou-os à delegacia— indica o comunicado.
O grupo denunciou "um inverno marcado por anomalias com temperaturas que chegam aos 25ºC em algumas áreas" e teme uma primavera e um verão no norte de Itália com "mortes no trabalho devido ao calor, mortes nas cidades porque são inabitáveis".
Mida, de 26 anos, uma das ativistas que interrompeu a maratona, disse que queria "soar o alarme porque passaremos por uma seca intensa".
O grupo pede a criação de um "fundo de reparação" público de 20 bilhões de euros (cerca de R$ 100 bilhões) para "todas as pessoas que sofrem danos causados pela mudança climática".
Segundo especialistas, as alterações climáticas induzidas pela atividade humana aumentam a intensidade e a frequência de fenômenos meteorológicos extremos, como ondas de calor, secas ou incêndios florestais.
Entre os homens, o vencedor da prova foi o queniano Asbel Rutto, que completou o percurso em 2h06min24seg, novo recorde da prova e também sua melhor marca pessoal. Outros dois quenianos, Brian Kipsang (2h07min56seg) e Sila Kiptoo (2h08min09seg) chegaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente.
No feminino, o Quênia também predominou. A vencedora foi Ivyne Lagat que cruzou a linha de chegada no icônico Coliseu em 2h24min35seg. Sua compatriota Lydia Simiyu chegou com 2h25min10seg e foi a segunda. A terceira posição foi da etíope Emebet Niguse com 2h26min41seg.
* AFP